Maomé “edita” número de semanário satírico francês

Foto
“Não nos parece que tenhamos provocado mais do que o costume", disse o director da publicação DR

“O profeta do islão não se fez rogado ao convite e agradecemos-lhe por isso”, continua. Na capa do próximo número, que chega nesta quarta-feira às bancas, aparece Maomé a dizer “100 chicotadas se não estão a morrer a rir”. No interior, os leitores vão encontrar um editorial intitulado Aperitivo Halal (permitido para consumo) e um suplemento chamado Madam Sharia. A terminar, na contracapa, “as capas às quais escapou”, com Maomé de nariz vermelho de palhaço e a frase: “Sim, o islão é compatível com o humor”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“O profeta do islão não se fez rogado ao convite e agradecemos-lhe por isso”, continua. Na capa do próximo número, que chega nesta quarta-feira às bancas, aparece Maomé a dizer “100 chicotadas se não estão a morrer a rir”. No interior, os leitores vão encontrar um editorial intitulado Aperitivo Halal (permitido para consumo) e um suplemento chamado Madam Sharia. A terminar, na contracapa, “as capas às quais escapou”, com Maomé de nariz vermelho de palhaço e a frase: “Sim, o islão é compatível com o humor”.

“Não nos parece que tenhamos provocado mais do que o costume. Fizemos o nosso trabalho como habitualmente. A única diferença é que desta vez temos Maomé na capa e isso é raro”, disse à AFP o director da publicação, Charb. Quisemos “comentar um facto da actualidade”, sem “representar Maomé como extremista”.

Em 2007, o antigo editor do semanário foi ilibado de insulto aos muçulmanos ao publicar os cartoons de Maomé originalmente divulgados pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten, dois anos antes. A publicação desses cartoons desencadeou protestos violentos em diferentes países muçulmanos em Janeiro e Fevereiro de 2006.