Passos admite passagem a 12 vencimentos
Primeiro-ministro diz que cortes nos subsídios são “temporários até 2014”. Mas possibilidade de passagem a 12 vencimentos está em cima da mesa
O primeiro-ministro português não excluiu a possibilidade de a Função Pública passar a 12 vencimentos. Pedro Passos Coelho falava aos jornalistas em Brasília, depois do encontro com a presidente brasileira Dilma Rousseff.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O primeiro-ministro português não excluiu a possibilidade de a Função Pública passar a 12 vencimentos. Pedro Passos Coelho falava aos jornalistas em Brasília, depois do encontro com a presidente brasileira Dilma Rousseff.
Instado a comentar as declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que deu a entender a existência dessa hipótese, o primeiro-ministro disse: “Muitos países europeus em vez de 14 pagam 12 [vencimentos]. Pode vir a acontecer ou não em Portugal. Não excluo que isso possa vir a acontecer.”
No entanto, Passos Coelho fez questão de insistir que os cortes anunciados são “medidas temporárias até 2014”. Será preciso “saber se depois se retorna [à situação normal]”, mas ainda “é prematuro” dizer. “Isso não acontecerá de forma automática, ressalvou, no entanto.
Quanto à Caixa Geral de Depósitos, Passos Coelho referiu que “precisará de uma operação de recapitalização, que compete ao Estado, como único accionista”, e relembrou que é isso que está no programa do Governo. Deverá acontecer “uma alienação de activos para reforçar capitais próprios”, um “processo que agora será acelerado”.
Durante o longo encontro com Dilma — 1h25 — os dois governantes acertaram “uma aliança estratégica” que passará fortemente pelo sector económico, mas não só: ciência, cultura, transportes, comunicações, e uma revisão da política de vistos, a ser pensada ainda este ano. Em 2012, anunciou Passos Coelho, acontecerá uma cimeira entre os dois países.