Governo incapaz de resolver sozinho problema social do país, diz secretário de Estado

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Marco António Costa Nelson Garrido/Arquivo

“O Governo sozinho, as instituições públicas sozinhas não conseguem resolver o problema social do país”, salientou Marco António Costa, à margem da cerimónia de lançamento da primeira pedra do futuro lar residencial da APPACDM, em Gaia.

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“O Governo sozinho, as instituições públicas sozinhas não conseguem resolver o problema social do país”, salientou Marco António Costa, à margem da cerimónia de lançamento da primeira pedra do futuro lar residencial da APPACDM, em Gaia.

O dirigente social-democrata recordou como “o Governo colocou no Orçamento do Estado pela primeira vez uma verba destinada a um plano de emergência social”.

“São 200 milhões de euros que são colocados no plano e procuraremos com esta verba e outras medidas fazer chegar o apoio junto dos portugueses que mais carecem”, realçou.

Destacou, porém, ser necessária “compreensão e inter-ajuda” porque o país só será capaz de resolver os problemas sociais “em parceria com as IPSS que transformam tostões em milhões e que garantem, através de voluntariado e duma rede social solidária e generosa, que haja uma resposta social a mais de um milhão de portugueses”.

“O governo disse-o desde a primeira hora: nós não conseguiremos sozinhos vencer as dificuldades sociais que temos pela frente”, sublinhou ainda o também vice-presidente do PSD.

Por esse motivo, acrescentou, “a sociedade portuguesa, através destas instituições, dos voluntários profissionais do sector e dos portugueses com a sua generosidade, são os parceiros” com que o Estado conta para que “em conjunto” possam “ultrapassar os obstáculos sociais que existem pela frente”.

Sobre os cortes no programa comunitário de ajuda alimentar, uma verba que considera “fundamental”, disse ser agora necessário “ter que pedir mais ainda à sociedade portuguesa em termos de generosidade”.

Quanto à ideia deixada pelo presidente da câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, também presente no evento, de criar uma taxa de protecção civil, considerou ser uma “sugestão solidária” que irá merecer “a melhor das atenções”.