Obama anuncia retirada total de tropas do Iraque ainda este ano
A retirada põe fim a nove anos de conflito e presença militar norte-americana no Iraque. “Hoje estou em condições de anunciar que, como prometido, os nossos soldados no Iraque irão voltar a casa até ao final do ano”, disse o Presidente norte-americano. "Após nove anos, a guerra levada a cabo pelos Estados Unidos no Iraque chega ao fim.”
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A retirada põe fim a nove anos de conflito e presença militar norte-americana no Iraque. “Hoje estou em condições de anunciar que, como prometido, os nossos soldados no Iraque irão voltar a casa até ao final do ano”, disse o Presidente norte-americano. "Após nove anos, a guerra levada a cabo pelos Estados Unidos no Iraque chega ao fim.”
“Os Estados Unidos deixam o Iraque de cabeça erguida”, disse Obama. No final de 2008 estavam presentes no pais 165 mil soldados dos EUA e o Presidente norte-americano já tinha anunciado para este ano o final das operações de combate.
Após uma videoconferência com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, Obama confirmou a retirada das tropas numa conferência de imprensa na Casa Branca e disse que o Iraque entrará agora “numa nova fase” e que os dois países terão “um relação normal entre duas nações soberanas, uma parceria baseada nos interesses mútuos e no respeito mútuo”.
A guerra no Iraque começou em 2003, quando as forças norte-americanas invadiram o país para derrubar o regime de Saddam Hussein. Ao longo dos próximos meses os soldados norte-americanos regressarão a casa e Obama sublinhou que “atravessarão a fronteira orgulhosos do seu sucesso e conscientes de que o povo norte-americano continua unido no apoio às tropas”.
O Iraque, no entanto, continua a ser palco de ataques diários e as autoridades do país defenderam a continuação da presença militar norte-americana para a manutenção da paz entre árabes e curdos que disputam o controlo das regiões petrolíferas no Norte do país.
A data da retirada foi negociada entre Washington e Bagdad, ainda durante o mandato de George W. Bush na Casa Branca. A manutenção no país de um contingente norte-americano reduzido e com a missão de formar soldados iraquianos ainda chegou a ser debatida. Durante as negociações um dos pontos de discórdia foi o estatuto a dar aos soldados dos EUA após 2011.
Washington defendia uma imunidade total para os militares, protegendo-os de qualquer processo judicial no Iraque, mas as autoridades de Bagdad recusaram, o que acabou por ser “um grande obstáculo” nas negociações, disse à AFP um responsável da Defesa norte-americano.
As autoridades iraquianas pediram a manutenção de 5000 soldados norte-americanos no Iraque, para treinar militares iraquianos, mas o Pentágono rejeitou o facto de não lhes ser concedida imunidade. “Nós protegemos e damos imunidade apropriada aos nossos soldados”, defendeu o secretário norte-americano da Defesa Leon Panetta. Ainda há negociações a decorrer sobre uma eventual força de treino.
Notícia actualizada às 19h22