EDP elimina comentário no Facebook e gera polémica

Uma utilizadora desta rede social difundiu um "printscreen" em que a EDP anuncia ver-se obrigada a apagar um "post" da sua autoria

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A EDP afirma que o “código de conduta é igual ao código de conduta do Facebook

A história resume-se assim: Joana Couve Vieira declarou-se contra o plano nacional de barragens na página da EDP, remetendo para a seguinte página: Eu não pedi um Plano Nacional de Barragens

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A história resume-se assim: Joana Couve Vieira declarou-se contra o plano nacional de barragens na página da EDP, remetendo para a seguinte página: Eu não pedi um Plano Nacional de Barragens

Em resposta, a EDP escreveu, na caixa de comentários ao "post": “Olá Joana. De acordo com o Código de Conduta da nossa página, que estabelece as normas de utilização da mesma e que deve ser respeitado por todos, somos obrigados a eliminar o seu post. Agradecemos a sua compreensão e convidamo-lo [sic] a participar na nossa comunidade com as suas críticas construtivas. Sugerimos que consulte o nosso Código de Conduta aqui: http://www.facebook.com/grupo.edp?sk=app_228506590493791”

Em declarações ao PÚBLICO, a EDP afirmou: “O código de conduta da EDP é igual ao código de conduta do Facebook, que é obrigatório para qualquer pessoa que utilize esta rede social. Não houve aqui nenhuma prática de censura. Basta verificar todo o histórico da página da EDP para se perceber que há um conjunto de críticas que nós mantemos na página e que nunca foram apagadas”. 

O PÚBLICO confirmou isso mesmo. Estão hoje disponíveis muitos comentários negativos para a EDP sobre este "printscreen" divulgado por Joana Couve Vieira e outros comentários não relacionados com este episódio, mas que criticam a actuação da empresa, como por exemplo este, com data de hoje: “Para que é que uma empresa que tem um monopólio precisa de estar consecutivamente a gastar milhões a mudar de imagem?”.

Contactada pelo PÚBLICO, Joana Couve Vieira enviou-nos por e-mail a sua posição sobre este assunto: "Nunca pensei que esta simples publicação no Facebook tivesse esta repercussão, mas fico contente que tenha acordado outros para o problema. Não me incomoda muito ter sido banida, incomoda-me sim o que a EDP anda a fazer a este país, às pessoas e à Natureza, "marketizando"mentiras, sem que nada seja feito para o impedir". 

Fernando Batista, "head office" de uma agência de comunicação especializada em relações públicas digitais LEWIS PR, comenta este episódio da EDP afirmando que as empresas “têm de assimilar de uma vez por todas que (...) haverá sempre quem discorde” nas redes sociais. “Na lista dos públicos-alvo também existe um grupo (grande ou pequeno) que é o das pessoas que não gostam da marca”, indica Fernando Batista neste post

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