Desenho de Helena Almeida foi comprado pela Tate

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A obra de Helena Almeida vai integrar a colecção permanente da Tate DR

Helena Almeida, que está representada na feira de Londres, aberta até domingo, em duas galerias diferentes, a portuguesa Galeria Filomena Soares e a espanhola Galeria Helga de Alvear, torna-se assim na quarta portuguesa a integrar a colecção da Tate, depois de Paula Rego, Julião Sarmento e João Pedro Vale.

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Helena Almeida, que está representada na feira de Londres, aberta até domingo, em duas galerias diferentes, a portuguesa Galeria Filomena Soares e a espanhola Galeria Helga de Alvear, torna-se assim na quarta portuguesa a integrar a colecção da Tate, depois de Paula Rego, Julião Sarmento e João Pedro Vale.

O trabalho de 1999 da artista, “Desenho (com pigmento)”, com 20.8cm de altura por 29.4cm de largura, foi escolhido pelo director da Tate, Nicholas Serota, e os seus curadores Ann Gallagher, Frances Morris e Tanya Barson, que contaram ainda com a ajuda de José Roca, director artístico da Philagrafika 2010 e curador da Bienal Mercosul Biennial 2011, e Adam Szymczyk, director da Kunsthalle Basel.

Desde 2003 que a Tate tem um fundo monetário especialmente criado para poder comprar obras na Frieze Art Fair de artistas emergentes ou já reconhecidos na área. Este ano, pela primeira vez, o museu teve 150 mil libras disponíveis (aproximadamente 172 mil euros), o valor mais alto de sempre. O fundo, fundado como uma organização filantrópica, tem como objectivo apoiar a nova arte, através do financiamento de privados, projectos de arte, museus e galerias. Além do director e dos curadores da Tate, são sempre convidados dois curadores internacionais para ajudar na escolha das obras.

Além de Helena Almeida, a Tate comprou ainda uma fotografia a preto e branco, “Tumour” (1969), da artista polaca Alina Szapocznikow (1926 – 1973). A fotografia faz parte de uma série que a Szapocznikow desenvolveu sobre a sua doença.

Também a instalação de vídeo da artista britânica, a viver no México, Melanie Smith, vai integrar a colecção da Tate. O trabalho de 2010, feito em colaboração com Rafael Ortega, é um vídeo sobre o famoso jardim surrealista de Xilitla, criado pelo poeta britânico Edward Jame.

“Esta generosidade permite à Tate comprar obras de arte significantes para o país”, disse ao The Guardian Nicholas Serota, explicando que o fundo tem uma especial importância nos dias de hoje, “em que o fundo para aquisições é cada vez mais limitado”.

Helena Almeida tem ainda obras nas colecções do Banco de España, em Madrid; na Bibliotheque National de Paris; no Centro Galego de Arte Contemporánea, em Santiago de Compostela; Centro de Fotografia Ordoñez Falcon, San Sebastián; na Fundación Caixa Galicia, A Coruña; na Fundación ARCO, em Madrid; na Fundación Coca-Cola España; na Fundación Telefónica, em Madrid; e na Galería Helga de Alvear, em Madrid.

Em Portugal as obras da artista plástica fazem parte das colecções de arte mais importantes, como da Fundação Calouste Gulbenkian, da Colecção Berardo e da Fundação de Serralves.

Helena Almeida venceu o prémio BesPhoto e o prémio AICA em 2004.