“As soluções do passado trouxeram-nos até aqui”, diz Seguro
O secretário-geral do PS defendeu, na conferência do seu grupo parlamentar sobre a internacionalização da economia, ser necessário cortar com o passado de soluções conjunturais e de pequenas políticas. Sem nunca falar directamente do anterior Governo liderado por José Sócrates, António José Seguro admitiu “responsabilidades de todos”.
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O secretário-geral do PS defendeu, na conferência do seu grupo parlamentar sobre a internacionalização da economia, ser necessário cortar com o passado de soluções conjunturais e de pequenas políticas. Sem nunca falar directamente do anterior Governo liderado por José Sócrates, António José Seguro admitiu “responsabilidades de todos”.
As críticas de Seguro ao passado surgiram quando defendia uma “agenda sustentável para o crescimento e emprego” nunca levada a cabo por qualquer Governo. Disse que a sua ausência explicava “uma parte dos problemas estruturais do país” e que, por isso, era necessário fazer diferente: “Temos que perceber que as soluções do passado trouxeram-nos até aqui e que só uma nova atitude política e intelectual é que pode ajudar Portugal.”
Quanto a Luís Amado, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, foi mais directo. Para defender a necessidade de um “compromisso nacional para a estabilidade, para o crescimento, para o emprego”, recuperou os tempos de experiência governativa. Defendeu que a falta de “coesão e de solidariedade” entre “os principais actores” afectou a imagem do país no estrangeiro: “Vivi talvez com mais angústia do que outros colegas de Governo a situação em que, paulatinamente, o país ia caindo. Precisamente porque no cotejo da nossa realidade com a realidade internacional nós percebíamos como a situação interna afectava tanto a capacidade do país se afirmar do ponto de vista internacional, como de garantir confiança para captar investimentos, de abrir novos mercados para os nossos produtos.”