Bares no Porto duplicaram em cinco anos
Dinamismo de empresários mais jovens e chegada de companhias “low cost” explicam crescimento
O “boom” de bares no Porto duplicou de 30 para 60 espaços nos últimos cinco anos e o fenómeno é fruto de uma revitalização de imóveis antigos por jovens empresários, acompanhada pela chegada de companhias aéreas de baixo custo.
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O “boom” de bares no Porto duplicou de 30 para 60 espaços nos últimos cinco anos e o fenómeno é fruto de uma revitalização de imóveis antigos por jovens empresários, acompanhada pela chegada de companhias aéreas de baixo custo.
Em entrevista à Lusa, o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, explica que o aumento de bares na cidade do Porto se prende com um “sentido de oportunidade empresarial”, que originou uma maior oferta turística, acompanhada pela “coincidência” da chegada de companhias aéreas “low cost” (baixo custo), que voam regularmente para o Aeroporto de Sá Carneiro.
Até há uns cinco anos, a “movida” noturna do Porto localizava-se na zona histórica da Ribeira, onde existiam cerca de 30 bares, mas 15 fecharam entretanto, conta Melchior Moreira.
Actualmente, o apogeu da diversão notívaga é na baixa do Porto, com destaque para a Rua das Galerias de Paris, zona dos Clérigos, especialmente à volta do famoso Café “Piolho” (Âncora D’Ouro) e nas zonas da Foz e Boavista, onde há cerca de 60 bares, muitos deles com música ao vivo.
“Julgo que a situação se deve mais ao facto de estarmos perante um processo natural, numa área com imóveis, alguns deles lindíssimos, a necessitar de uma revitalização. Depois, a oportunidade e iniciativa de jovens empresários, lança-os no mercado de trabalho e optam por adaptar os espaços disponíveis”, argumenta Melchior Moreira.
Mais dormidas
Segundo aquele responsável, poderia ainda haver muitos mais bares no Porto. “Só não existem mais espaços pela dificuldade em permitir com que as pessoas se recolham no interior dos bares a partir de determinada hora, com especial referência em zonas de maior concentração de casas habitadas, ou até mesmo junto de estabelecimentos de alojamento, tal como acontece, por exemplo, na Praça Dª Filipa de Lencastre”.
Segundo Melchior Moreira, a abertura destes espaços de diversão noturna “alterarou profundamente” o ambiente no Porto, que tem agora uma oferta maior do que há cinco anos. A par da revitalização de edifícios e do aumento de turistas na cidade - nos últimos cinco anos (2006 a 2010) assistiu-se a um crescimento médio nas dormidas do Porto na ordem dos 14 por cento -, o aumento de bares também elevou a oferta de trabalhos aos músicos.