Agência europeia dá luz verde a missões para estudar o Sol e a expansão do Universo

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Compreender as leis do Universo é um dos objectivos da NASA W. Freudling/ESA

“São ambas missões excitantes, e foi realmente bom ouvir hoje que o Prémio Nobel da Física foi dado à investigação que estuda a aceleração do Universo, o que está claramente ligado ao Euclides”, disse Alvaro Gimenez à BBC News, o director de ciência da ESA.

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“São ambas missões excitantes, e foi realmente bom ouvir hoje que o Prémio Nobel da Física foi dado à investigação que estuda a aceleração do Universo, o que está claramente ligado ao Euclides”, disse Alvaro Gimenez à BBC News, o director de ciência da ESA.

Estas duas missões, de tamanho médio em termos de custos, foram as primeiras escolhidas para o horizonte temporal de 2015-2025, e fazem parte da visão científica da ESA para o estudo do cosmos. A agência tem quatro objectivos definidos: perceber como é que o Universo começou e do que é que é feito, quais é que são as leis fundamentais que regem o Universo, como é que o Sistema Solar funciona e quais são as condições para o aparecimento de sistemas planetários e para o aparecimento da vida.

As duas missões apontam para objectivos diferentes, e enquanto a que vai estudar o Sol tem consequências mais directas para a vida na Terra, a do telescópio espacial Euclides poderá deixar uma herança cósmica para as próximas gerações em inúmeros objectos celestes novos que irá descobri e que poderão vir a ser analisados no futuro. Mas ambas estão a deixar os cientistas com água na boca.

“Estou realmente ansioso para ver a Solar Orbiter a funcionar, vai se tornar a referência para a física do Sol nos anos que estão por vir”, disse Alvaro Gimenez. A sonda vai viajar até muito próximo da estrela, vai ficar a um quarto da distância do Sol à Terra para tirar amostras do vento solar. O vento solar é gerado por partículas que são lançadas a partir da estrela e depende da sua actividade. A partida da missão será em 2017, o lançamento será feito no Cabo Canaveral, num foguetão Atlas da NASA.

Já o Euclides vai olhar para uma distância no Universo que equivale aos últimos dez mil milhões de anos de expansão. De há alguns mil milhões de anos para cá, a expansão do Universo tem acelerado e os cientistas defendem que é a energia escura a responsável por esta aceleração. O telescópio, a ser lançado em 2019, vai tentar observar o efeito desta energia escura nas galáxias e no agrupamento de galáxias.

Cada missão vai custar perto de mil milhões de euros, avança a BBC News. De fora dos escolhidos ficou um projecto, o Platão, um telescópio que iria caçar planetas extra-solares.