Voodoo

VOODOOPortugal, 2010, 30 minutosde Sandro Aguilar**** É ingrato trabalhar primordialmente no formato da curta-metragem quando se sabe que as hipóteses de mostrar esse trabalho ao grande público fora de festivais de cinema se limita a exibições na televisão (geralmente apresentadas “fora de horas” nobres) ou a sessões pontuais. O trabalho de Sandro Aguilar tem, por isso, passado maioritariamente ao lado do público, apesar de aqui residir um dos universos mais singulares e fascinantes do cinema que se faz hoje (e não só entre nós) - um cinema abstracto, atmosférico, onde o formalismo nunca afoga a emoção e a ausência de referências narrativas apenas adensa o mistério. “Voodoo” distila tensão e angústia ao longo dos seus 30 minutos, ancorados num treino de hospedeiras e comissários de bordo e centrado na presença de Albano Jerónimo, muito embora em nenhum momento essa tensão seja tangível ou justificada - é a marca de um grande cineasta saber criar um clima que absorva o espectador, e é isso que Aguilar faz aqui, magistralmente. Uma nota, contudo: se faz sentido mostrar “Voodoo” em complemento ao estimável “Os Famosos e os Duendes da Morte”, de Esmir Filho, com o qual tem largas afinidades artísticas e estéticas, a verdade é que a sua estreia tem algo de “requentado” - esta sétima curta do cineasta ganhou o prémio de realização na competição de curtas do IndieLisboa há mais de um ano, em Maio de 2010 e de então para cá Aguilar já completou uma outra curta, “Mercúrio”...

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VOODOOPortugal, 2010, 30 minutosde Sandro Aguilar**** É ingrato trabalhar primordialmente no formato da curta-metragem quando se sabe que as hipóteses de mostrar esse trabalho ao grande público fora de festivais de cinema se limita a exibições na televisão (geralmente apresentadas “fora de horas” nobres) ou a sessões pontuais. O trabalho de Sandro Aguilar tem, por isso, passado maioritariamente ao lado do público, apesar de aqui residir um dos universos mais singulares e fascinantes do cinema que se faz hoje (e não só entre nós) - um cinema abstracto, atmosférico, onde o formalismo nunca afoga a emoção e a ausência de referências narrativas apenas adensa o mistério. “Voodoo” distila tensão e angústia ao longo dos seus 30 minutos, ancorados num treino de hospedeiras e comissários de bordo e centrado na presença de Albano Jerónimo, muito embora em nenhum momento essa tensão seja tangível ou justificada - é a marca de um grande cineasta saber criar um clima que absorva o espectador, e é isso que Aguilar faz aqui, magistralmente. Uma nota, contudo: se faz sentido mostrar “Voodoo” em complemento ao estimável “Os Famosos e os Duendes da Morte”, de Esmir Filho, com o qual tem largas afinidades artísticas e estéticas, a verdade é que a sua estreia tem algo de “requentado” - esta sétima curta do cineasta ganhou o prémio de realização na competição de curtas do IndieLisboa há mais de um ano, em Maio de 2010 e de então para cá Aguilar já completou uma outra curta, “Mercúrio”...