Maastricht restringe venda de droga a alguns turistas
A medida entra já hoje em vigor e surge no seguimento de uma resolução no Parlamento daquele país que quer reduzir a presença de turistas que se deslocam às cidades de fronteira apenas para o chamado “turismo de cannabis”.
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A medida entra já hoje em vigor e surge no seguimento de uma resolução no Parlamento daquele país que quer reduzir a presença de turistas que se deslocam às cidades de fronteira apenas para o chamado “turismo de cannabis”.
Apesar da Bélgica e Alemanha serem os países que fazem fronteira com a cidade do sul da Holanda, é precisamente aos cidadãos belgas e alemães que continuará a ser permitida a compra destas substâncias.
O presidente da Associação de Coffee-Shops Oficiais de Maastricht, Marc Josemans, citado pelas agências internacionais, justificou que a medida se destina sobretudo aos turistas de países mais distantes e que ao chegarem de carro “perturbam a ordem do trânsito local e causam desordem e destruição, principalmente durante o fim-de-semana”.
O objectivo da associação é uma diminuição inicial de 20% no número de turistas, sendo que a meta é dissuadir 500 mil consumidores de cannabis e haxixe de países como França, Luxemburgo, Itália e Espanha de se deslocarem à Holanda com este objectivo. No entanto, alguns donos destas lojas, ouvidos pela BBC, acreditam que esta restrição não irá funcionar e, além disso, temem que prejudique a economia local.
De todas as formas, Maastricht está assim a servir de “cobaia” numa experiência que deverá ser alargada a outras cidades holandesas – onde ao todo existem 700 coffee-shops, uma vez que o consumo das chamadas “drogas leves” está há alguns anos descriminalizado.
Segundo dados da AFP, cerca de 6000 pessoas frequentam as coffee-shops de Masstricht todos os dias. Um número que a partir de hoje deverá ser reduzido, contanto as autoridades oficiais com novos mecanismos para se certificarem que os passaportes dos turistas são verdadeiros e que atestam a sua nacionalidade.