Parlamento esloveno aprova ampliação do fundo de resgate europeu
A flexibilização do fundo de resgate europeu, actualmente com uma capacidade de 440 mil milhões de euros, foi acordada na cimeira de líderes da zona euro que teve lugar a 21 de Julho, mas aguarda ratificação de todos os 17 Estados-membros que compõem a união monetária.
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A flexibilização do fundo de resgate europeu, actualmente com uma capacidade de 440 mil milhões de euros, foi acordada na cimeira de líderes da zona euro que teve lugar a 21 de Julho, mas aguarda ratificação de todos os 17 Estados-membros que compõem a união monetária.
A ratificação do parlamento esloveno é considerado um importante passo para a aceitação total do novo plano de reforço dos poderes do FEEF, uma vez que a possibilidade de o Governo cair estava a adensar os receios de que a decisão fosse adiada, comprometendo todo o processo de decisão ao nível comunitário.
O Governo do primeiro-ministro Borut Pahor vai mesmo a eleições antecipadas, que deverão ter lugar antes de Dezembro, avança a agência Bloomberg.
Esta semana os olhos vão estar postos na Finlândia e na Alemanha, outros dos países onde os analistas acreditam que possa haver uma maior resistência ao novo plano acordado a 21 de Julho. O Parlamento finlandês vota a proposta já amanhã, enquanto os políticos germânicos decidem na quinta-feira.
Na semana passada, o ministro das Finanças esloveno alertara para o facto de que uma rejeição do plano pudesse danificar a credibilidade da Eslovénia aos olhos dos seus parceiros europeus e investidores, bem como penalizar os esforços da zona euro em conter a crise da dívida.
A aprovação dos políticos eslovenos surge no rescaldo da decisão da agência de notação de risco de crédito Moody’s ter baixado a nota da dívida soberana deste país do Leste da Europa de Aa2 para Aa3. A agência norte-americana alegou as fracas perspectivas de crescimento económico e a instabilidade política que o país vive neste momento para justificar a sua decisão, anunciada no passado dia 23.
A Moddy’s alertou ainda para a situação delicada do sistema bancário do país, sublinhando que pode vir a necessitar de apoio do Executivo, e decidiu colocar os três maiores bancos da Eslovénia sob vigilância (outlook) negativa, o que significa que podem ver o seu rating cortado nos próximos tempos.