Gestor de redes: nova profissão para responder ao mercado
Há cada vez mais empresas a requisitar serviços exteriores de gestão de redes sociais
Quando Cláudia Ferraz e Patrícia Silva fundaram a Criar Comunicação, em 2009, as redes sociais não eram o negócio delas. Mas na empresa de produção e dinamização de conteúdos que imaginaram as redes foram-se impondo naturalmente.
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Quando Cláudia Ferraz e Patrícia Silva fundaram a Criar Comunicação, em 2009, as redes sociais não eram o negócio delas. Mas na empresa de produção e dinamização de conteúdos que imaginaram as redes foram-se impondo naturalmente.
“Foi uma necessidade do mercado, uma resposta às tendências”, explica Cláudia Ferraz. Há relativamente pouco tempo atrás as pessoas “não percebiam bem a necessidade de estar nas redes sociais, agora toda a gente quer estar”, conta.
A profissão de "dinamizador de redes sociais" é uma das 129 definidas como estratégicas para o país, segundo um relatório do Instituto de Emprego e Formação Profissional, Agência Nacional para a Qualificação e gabinete de planeamento do Ministério da Economia.
Querem ter "muitos amigos"
Na empresa criada pelas duas jovens de 29 anos, aos pedidos de desenvolvimento de um site, foram-se juntando pedidos de desenvolvimento de páginas em redes sociais, “sobretudo de Facebook”.
Quem procura o serviço sabe bem o que quer – “Dizem-nos que querem ter muitos amigos” -, mas, muitas vezes, aparecem com “expectativas demasiado altas”, explica a jovem licenciada em Comunicação Multimédia.
“As pessoas têm ideia de que basta estar na rede, mas não é assim”, explica. O Facebook é o meio “mais imediato que existe” e, também por isso, “o mais sensível”. E acrescenta: "É preciso muito cuidado com o que se comunica e de que forma".
Na Criar Comunicação, não existe um perfil de empresas que solicitam o serviço. “Inicialmente, eram empresas da área do produto, mas as empresas da área de serviços também começaram a aderir”.
Má gestão pode ter resultados muito negativos
Para a jovem de 29 anos, a licenciatura que tirou “não é essencial”, mas a formação na área sim. “Veja-se os casos da Ensitel ou de Fernado Nobre e os problemas de uma má gestão podem causar”, lembra.
“Conhecimentos sólidos de marketing” e muito empenho para acompanhar a “evolução constante da área” são os requisitos imprescindíveis para quem quer desempenhar a tarefa, acredita.
Para já, Cláudia Ferraz não acredita que alguém se possa apelidar de “dinamizador de redes sociais”: “São, geralmente, pessoas com outras funções e que fazem esse trabalho simultaneamente. Talvez daqui a cinco anos seja diferente”, antecipa.