Eventual reforço da ajuda a Portugal depende da Grécia

Comissão Europeia diz que Portugal não precisa renegociar empréstimo, mas isso pode mudar devido à situação na Grécia

Foto
Passos Coelho já havia admitido eventualidade de ter de renegociar empréstimo feito pela troika a Portugal Miguel Manso

A Comissão Europeia acredita que Portugal não precisa, para já, de um segundo pacote de ajuda financeira, mas isso pode mudar devido à situação na Grécia, disse hoje,  um porta-voz do executivo europeu, em Bruxelas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Comissão Europeia acredita que Portugal não precisa, para já, de um segundo pacote de ajuda financeira, mas isso pode mudar devido à situação na Grécia, disse hoje,  um porta-voz do executivo europeu, em Bruxelas.

"O que acontece na Grécia tem impacto em todo o lado, em Portugal, na Alemanha", disse Amadeu Altajaf, que é porta-voz da Comissão Europeia, sublinhando ainda que, em termos de reacção de mercado, "os países que têm maior pressão sofrem mais”.

Segundo adiantou o porta-voz do comissário para os Assuntos Económicos, o actual programa de ajuda externa a Portugal está "financiado de forma suficiente", mas não afastou a hipótese de a situação poder piorar, nomeadamente por influência de "eventos que estão fora do alcance" português.

Posição de Passos Coelho secundada 

Esta posição vem ao encontro do que foi dito pelo primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, na sua entrevista televisiva da semana passada, na qua admitiu a eventualidade de ter de renegociar o empréstimo feito pela "troika" a Portugal e não excluiu a possibilidade de um segundo empréstimo, "se alguma coisa muito grave acontecer na Grécia".

De resto, Altajaf reafirmou a ideia de que Portugal está a cumprir o que foi acordado no Memorando de Entendimento com a "troika". “Portugal aplicou o programa estritamente, o registo [de aplicação] é muito bom, há um consenso político amplo, e não apenas do governo”, explicou Altafaj, à margem da conferência de imprensa diária da Comissão, citado pelo "Diário Económico".