Satélite da NASA caiu no oceano Pacífico
“O Joint Space Operations Center na base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia, disse que o satélite penetrou a atmosfera por cima do oceano Pacífico”, escreve a NASA, no 15º comunicado sobre o destino do Atmosphere Research Sattelite (Satélite de Investigação da Atmosfera Superior).
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“O Joint Space Operations Center na base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia, disse que o satélite penetrou a atmosfera por cima do oceano Pacífico”, escreve a NASA, no 15º comunicado sobre o destino do Atmosphere Research Sattelite (Satélite de Investigação da Atmosfera Superior).
Desde dia 12 de Setembro que a NASA envia descrições da situação do UARS. A data da queda estava apontada para sexta-feira, mas os efeitos da actividade solar fizeram atrasá-lo.
A nave pesava cerca de seis toneladas, e esperava-se que 26 das suas peças não se desintegrassem durante a reentrada e atingissem a superfície. Algumas delas pesam mais do que cem quilos e segundo os cálculos iriam espalhar-se ao longo de 800 quilómetros. O risco de uma dessas peças acertar e matar alguém é de um em 3200. Isto não significa que cada pessoa tenha esta probabilidade de apanhar com um pedaço do satélite, mas sim que seriam necessárias, teoricamente, 3200 quedas do satélite UARS para que uma única pessoa em todo o mundo fosse atingida. Uma hipótese que a agência considera remota.
Espera-se agora conhecer o local e a altura exacta em que o satélite se afundou no oceano. Esta manhã, a BBC News avançava que no Twitter apareceu que algumas das peças tinham caído no Canadá, mas a informação não tinha sido confirmada. “A localização e altura precisa da reentrada ainda não são conhecidas com certeza”, declarou a NASA.
O UARS foi lançado em 1991 para uma altitude de cerca de 575 quilómetros, onde esteve a medir a química da parte superior da atmosfera, e manteve as suas funções científicas até 2005. Leituras que foram aplicadas em estudos sobre o buraco do ozono ou as alterações climáticas.
No final desse ano foi enviado para uma órbita mais próxima da Terra, a 360 quilómetros, de modo a acelerar a sua reentrada na Terra e evitar que se mantivesse muito tempo no espaço. Este método, cada vez mais utilizado pelas agências espaciais, previne que os objectos enviados para o espaço se mantenham muito tempo, arriscando-se a entrar em colisões com outros satélites, o que faz multiplicar o lixo espacial.
Caso algum dos objectos do UARS fosse encontrado em terra, a NASA avisava num comunicado para “não mexer, se encontrar algo que possa pensar ser uma peça”, e para entrar em contacto com as autoridades locais e pedir ajuda.
Legalmente, a agência norte-americana é dona de qualquer pedaço de um satélite seu que caia em qualquer local.
Notícia actualizada às 15h00 de 25 de Setembro de 2011