Três décadas depois, os R.E.M. chegam ao fim
A informação está no site do grupo liderado pelo vocalista Michael Stipe. No comunicado o grupo agradece aos admiradores e diz que termina a actividade com grande sentido de gratidão pelo que conquistaram ao longo de trinta e um anos de carreira.
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A informação está no site do grupo liderado pelo vocalista Michael Stipe. No comunicado o grupo agradece aos admiradores e diz que termina a actividade com grande sentido de gratidão pelo que conquistaram ao longo de trinta e um anos de carreira.
O primeiro episódio a marcar a história dos REM remonta a Janeiro de 1980, ao interior de uma loja de discos, em Athens, no Estado da Georgia. Peter Buck, que trabalhava ali, e Michael Stipe, um cliente assíduo e devorador de artistas como Patti Smith, Velvet Underground e Television, descobriram que partilhavam preferências musicais. "Eu andava a comprar todos os discos que [o Buck] estava a guardar para ele", disse Stipe à edição de Inverno de 1983 da Alternative America.
Pouco tempo depois, na Universidade da Georgia, os dois melómanos conheciam Mike Mills e Billy Berry - futuros membros da banda, que já tocavam juntos desde a escola secundária. O primeiro concerto do quarteto teve lugar numa festa de aniversário de um amigo a 5 de Abril de 1980 numa antiga igreja episcopal.
No jargão REM, a década de 1980 ficou conhecida como "os anos do IRS", uma alusão à editora independente IRS, responsável pela edição do álbum de estreia da banda, "Murmur", em 1983. O rótulo de "college rock band" - acompanhando um culto crescente - durou até à chegada da banda de Stipe ao mainstream com "Green", o primeiro disco da banda lançado pela editora Warner Bros. O álbum, lançado em 1988, vendeu mais de quatro milhões em todo o mundo, particularmente à custa de singles como "Stand" e "Orange Crush".
Em "Green", a banda começou a chamar à atenção dos media pelas suas posições políticas progressistas. A canção "World Leader Pretend" aludia à Guerra Fria, a menos de dois anos da queda do muro de Berlim. O activismo político dos REM seria reiterado noutras ocasiões ao longo da carreira, quando apoiaram campanhas contra a violação dos direitos humanos na Birmânia ou participaram em concertos a favor da independência do Tibete.
Os R.E.M. lançaram quinze álbuns de originais, entre eles obras marcantes como "Reckoning", "Document", "Out Of Time" ou "Automatic For The People". O último álbum do grupo, "Collapse Into Now", foi lançado em Março deste ano.