O campeonato onde um Pastel pode defrontar um Fogaça

Zambujo, Koukou, Chula, Siaka Bamba ou Tozé Marreco. Há nomes estranhos nas duas ligas profissionais em Portugal

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Há um Lucas de Deus Santos no futebol português Luís Octávio Costa

O duelo entre Portimonense e Estoril promete aquecer. Se lhe apetecer, João Igrejas Bastos pode colocar simultaneamente em campo Goda, Eliézio, Organista, Cappi, Hammes, Wakaso, Zambujo, Simy, Paquetá, Dodô e Traoré.

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O duelo entre Portimonense e Estoril promete aquecer. Se lhe apetecer, João Igrejas Bastos pode colocar simultaneamente em campo Goda, Eliézio, Organista, Cappi, Hammes, Wakaso, Zambujo, Simy, Paquetá, Dodô e Traoré.

O Estoril responde com Tinoco, Lameirão, Hauw, Pika, Gerso, Fogaça, Diogo Amado e Licá, aparentemente um arsenal um bocadinho inferior.

Contudo, o clube sabe que qualquer “Dream Team” começa no banco e por isso conta com o treinador Vinícius Eutrópio para desequilibrar o campeonato dos nomes esquisitos, no qual, ao contrário da realidade, a Liga de Honra parece exercer algum domínio sobre o escalão principal do futebol português.

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O P3 lança o campeonato dos nomes esquisitos Luís Octávio Costa

Por exemplo, o Aves tem Grosso, Mamadu e Quinaz, um médio que ficaria bem com a camisola da selecção nacional. O Belenenses aposta em Igor Pita, Koukou, Fábio Sturgeon e Zazá, enquanto o Covilhã conta com Wang Gang, Fofana e Gegé.

Mas também há espaço para brilhar na Liga: Nolito (Benfica); Eliaquim Mangala (FC Porto); Oguchi Onyewu (o nome do sportinguista foi criado para ser dito com sotaque japonês).

Pape Sow (Académica); Bura, Nildo Petrolina e Zhang Chengdong (Beira-Mar); Bassangue e Toy (Olhanense); Anderson do Ó (“do Ó” é alcunha), Tengarrinha e Mamadou Djikiné (Setúbal); Bacar Baldé e Sassá (P. Ferreira); Baba e Edivândio (Marítimo); Huanderson e Tarantini (Rio Ave); Stopira, Siaka Bamba, Uanderson e Rabiola (Feirense); ou Chula (Leiria) são outros exemplos.

Animais, trocadilhos e medicamentos

Muitos são nomes de animais, literalmente. Coelho e Pinto são apelidos repetidos. Há um Pitbull (Setúbal), um Rodrigo Galo (Braga) e outro Bruno Gallo (Setúbal), um Jorge Leitão (Arouca), um Pintassilgo (Moreirense), um André Leão (P. Ferreira). Mas o destaque da categoria vai para o Santa Clara, graças a Grilo e Minhoca. No limite, também existe um Sapunaru.

Com alguns atributos inatos para se transformarem em trocadilhos, de qualidade duvidosa ou não, aparecem Luis Aguiar (Sporting), Nuno Piloto, Regula e Mexer (Olhanense), Marcelo Toscano e Rodrigo Defendi (Vitória de Guimarães), Diogo Valente (Académica) e Tiago Valente (Aves), Vítor Golas e Pastel (Penafiel), Reguila (Trofense), Thiago Gentil (Nacional) e, por falar em trocadilhos duvidosos, um jogador que por mais que o treinador do Trofense o deixe no banco está sempre Feliz.

Se o Santa Clara possui Platini, a União de Leiria tem Robinho e, apesar da grafia diferente, Maykon e Cacá. Apesar disso, começou mal a época. Este último tem igualmente o nome mais religioso das duas ligas profissionais: Lucas de Deus Santos - Cacá é alcunha.

Também atribuído está já o troféu para o jogador com o melhor nome de medicamento: Previtali (Naval). De qualquer modo, o nome mais genial com ligação ao futebol português continua a ser Lyonce Viiktórya. E o resultado nem chega a ser equilibrado.