Minho quer reduzir em 10% factura energética
Por razões ecológicas e orçamentais, reitoria pede aos estudantes que gastem apenas energia de que precisam
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A Universidade do Minho (UM) pretende reduzir a factura energética em “cerca de 10%”. O objectivo é “motivado por questões orçamentais, ambientais e educacionais”, através de um programa de medidas de “carácter técnico e comportamental”.
Actualmente, a universidade tem uma factura energética anual de um milhão e oitocentos mil euros, informou o responsável pela Agência da Universidade do Minho para a Energia e o Ambiente (AUMEA), o docente Renato Morgado.
“Pretendemos reduzir esta factura em cerca de 10%”, afirmou Renato Morgado, explicando que “este é, naturalmente, um objectivo imediato” mas que se pretende também “diminuir o consumo energético”. Segundo o docente, “há razões de obrigação ética”, uma vez que a “disponibilidade de um recurso fundamental como a energia constitui um problema para a humanidade”.
Maior eficiência energética
Assim, a UM está a realizar um programa de acções com “várias componentes”, desde o “incentivo à diminuição efectiva do consumo energético, até à optimização das condições de compra de energia, passando pela formação e pela revisão das condições técnicas das instalações da instituição”.
Quanto às medidas de carácter técnico, Renato Morgado salientou medidas relacionadas com a “eficiência” como “a utilização de equipamentos energeticamente mais eficiente como é da utilização de lâmpadas de baixo consumo, a optimização das condições de climatização, o controlo das perdas energéticas dos edifícios mal calafetados”.
O reitor da UM, António Cunha, sublinhou que “os estudantes serão um elemento-chave neste processo” pelo que “espera-se uma participação proactiva” por parte destes. Esta participação, referiu, “deverá manifestar-se ao nível de práticas mais criteriosas de utilização de energia, mas também enquanto membros de uma comunidade alertada e consciente desta problemática”.
Renato Morgado resumiu o que se pretende, salientando que o que é pedido “é que as pessoas gastem apenas aquilo que efectivamente precisam”.