PSD pede aos socialistas que não esqueçam o passado
“Não é possível virar de página rasgando a página e deixando de atender às condições concretas e objectivas da situação portuguesa”, afirmou Moreira da Silva, no final da sessão de encerramento do XVIII Congresso do PS, que hoje terminou em Braga.
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“Não é possível virar de página rasgando a página e deixando de atender às condições concretas e objectivas da situação portuguesa”, afirmou Moreira da Silva, no final da sessão de encerramento do XVIII Congresso do PS, que hoje terminou em Braga.
O vice-presidente social-democrata defendeu que Portugal tem três grandes desafios pela frente: consolidar as contas públicas, relançar o crescimento económico e gerar emprego.
“Hoje vimos que o PS foi muito célere na crítica aos últimos dois meses e meio de governação mas não foi capaz de assumir os erros do passado nem de identificar propostas concretas para gerar emprego, fazer Portugal crescer e para consolidar as contas públicas”, criticou.
Questionado sobre a proposta lançada hoje pelo secretário-geral do PS no final do Congresso - rever os subsídios de produção de eletricidade em alternativa ao aumento do IVA -, Moreira da Silva disse que o partido só poderia pronunciar-se perante uma proposta em concreto. O social-democrata antecipou contudo “um equívoco” por parte de António José Seguro.
“O programa do Governo já identifica como medida aquilo que o líder do PS apresenta como alternativa. No programa do Governo já está identificada a alteração do regime de remuneração das energias renováveis e da cogeração, mas isso não dispensou o aumento do IVA”, referiu.
Quanto a outras propostas, o vice-presidente social-democrata garantiu que haverá abertura para as analisar “caso a caso”, escusando-se a comentar que o PS não tenha clarificado se está disponível para participar numa revisão constitucional que consagre limites ao défice.