Interpol emite mandado de detenção para Khadafi a pedido do TPI
Este “alerta vermelho” junta-se ao mandado de detenção, por crimes contra a humanidade, emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) e que também engloba os três homens.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Este “alerta vermelho” junta-se ao mandado de detenção, por crimes contra a humanidade, emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) e que também engloba os três homens.
A Interpol disse que este novo mandado “irá restringir as possibilidades de [os suspeitos] poderem atravessar fronteiras internacionais”.
O Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político da rebelião, tem estado a tentar negociar uma resolução pacífica para a saída das forças pró-Khadafi de várias cidades, incluindo Bani Walid, Jufra, Sabha e a cidade natal do coronel, Sirte. As forças do CNT lançaram um ultimato na semana passada às forças leais do antigo líder líbio, segundo o qual devem render-se até sábado.
Entretanto, segundo fontes locais, um general das forças de Muammar Khadafi terá fugido para o Níger. As autoridades da cidade de Agadez dizem tratar-se de Ali Kana, do grupo étnico tuaregue, responsável pelas tropas do coronel no Sul da Líbia.
O coronel disse que não iria sair da Líbia e incitou os seus apoiantes a lutar. Porém, nos últimos dias, vários veículos transportando antigos apoiantes têm atravessado a fronteira com o Níger, incluindo Mansour Daw, chefe de segurança de Khadafi, que já chegou à capital, Niamei.
Segundo as autoridades de Agadez, a última coluna a chegar consistia em três veículos que levavam uma dúzia de pessoas. A Reuters noticiou que eram escoltadas por forças de segurança do Níger, mas o Governo do país ainda não comentou estas informações.
Khadafi ajudou a financiar nómadas combatentes tuaregues contra o Governo do Mali e do Níger durante os anos 70 e 80, e muitos deles juntaram-se depois aos exércitos do coronel.
O Níger, que instaurou a democracia recentemente depois de décadas de autoritarismo, disse que permitia estas entradas no país numa base humanitária, mas que ainda não sabia se deixaria passar Khadafi.
Numa mensagem telefónica divulgada na quarta-feira, pelo canal satélite pró-Khadagi Arrai, o antigo líder foi forçado a negar os rumores de que já teria fugido para o Níger, considerando-os “mentiras e uma guerra psicológica” e afirmando que pode ainda derrotar os seus adversários.