Apanha e venda de bivalves proibida devido a biotoxinas
A interdição é solicitada numa carta do Instituto Nacional de Recursos Biológicos enviada para o director-geral da Autoridade Marítima, em que são referidos “resultados positivos” de biotoxinas DSP em análises que são feitas regularmente aos bivalves apanhados para comercialização.
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A interdição é solicitada numa carta do Instituto Nacional de Recursos Biológicos enviada para o director-geral da Autoridade Marítima, em que são referidos “resultados positivos” de biotoxinas DSP em análises que são feitas regularmente aos bivalves apanhados para comercialização.
As zonas onde é proibida a apanha de mexilhão situam-se todas a norte da foz de rio Tejo e incluem as faixas litorais entre Caminha e Matosinhos, Ria de Aveiro e litoral entre Peniche e Lisboa.
A amêijoa-branca não pode ser apanhada no litoral de Matosinhos, abrangido pelas Capitanias do Douro e Leixões, enquanto no Estuário do Mondego (Figueira da Foz) a interdição recai sobre a lamejinha.
Na ria de Aveiro a proibição é extensiva a todos os bivalves.
O consumo de moluscos contaminados com biotoxinas DSP causa diarreia, vómitos e dores intestinais e surge nas primeiras 24 horas após a ingestão, podendo-se prolongar por três dias, de acordo com o Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR).
A intoxicação nos bivalves é comum entre a Primavera e o Outono, mas costuma ocorrer com mais frequência nos meses de Verão, ainda segundo aquele organismo público.
A nota que decreta a interdição não indica até quando se manterá a proibição de apanhar e comercializar aquelas espécies.