Experimenta Design vai ter edição em São Paulo
Guta Moura Guedes não quis avançar datas para a edição de São Paulo. “Estamos a trabalhar no calendário e na montagem de toda a operação”, explicou, sublinhando que “o design pode ser o instrumento para permitir a ligação” entre Portugal e o Brasil de uma forma útil para ambos os lados.
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Guta Moura Guedes não quis avançar datas para a edição de São Paulo. “Estamos a trabalhar no calendário e na montagem de toda a operação”, explicou, sublinhando que “o design pode ser o instrumento para permitir a ligação” entre Portugal e o Brasil de uma forma útil para ambos os lados.
Foi no meio dos azulejos e do austero mobiliário de madeira escura de uma das salas de audiências do antigo Tribunal da Boa Hora, no Chiado, em Lisboa, que a directora da Experimenta apresentou a programação para 2011, uma edição “com o tema mais provocador que alguma vez tivemos”, o da inutilidade. E a escolha do velho tribunal, fechado há mais de dois anos, tem a ver com esse tema. Para que serve um espaço monumental e vazio no meio da cidade? Para já vai servir como sede temporária da bienal. Durante dois meses, é aqui que funcionará o lounging space, que terá uma programação específica.
É na semana inaugural da Experimenta, entre 28 de Setembro e 2 de Outubro, que se concentram as Conferências de Lisboa e as Open Talks. O primeiro conferencista será D. Manuel Clemente, bispo do Porto e Prémio Pessoa 2009. Seguem-se a designer norte-americana Heather Shaw e o designer holandês Marcel Wanders, a dupla coreana Sulki e Min, o português Fernando Brízio e norte-americano Michael Rock e o brasileiro Marcelo Rosenbaum.
Brízio – “um dos grandes designers internacionais”, sublinhou Guta Moura Guedes – é também a estrela de uma das exposições da bienal, no Palácio Quintela, a antológica “Fernando Brízio: Desenho Habitado”.
Outra aposta da Experimenta é a colaboração com diferentes espaços do centro de Lisboa – desta vez com seis museus e uma biblioteca, que receberão a exposição “Sidelines: colecções pessoais em sete instituições singulares”, comissariada por Emily King. Destaque ainda para a exposição “Utilitas Interrupta: um Índice Infraestrutural de Ambições por Cumprir”, sobre grandes obras de infraestrutura abandonadas em diferentes pontos do mundo, e para “Useless”, mais centrada nos objectos, e que pode ser vista no Museu da Moda e do Design (MUDE).