Plácido Domingo é presidente da Federação Internacional de Indústria Fonográfica
“É uma grande honra ser convidado para presidente da IFPI. Sempre acreditei na importância de se respeitar o talento e os direitos de todos aqueles que actuam, criam, produzem e investem na música”, escreveu o tenor, estrela destacada na ópera, em comunicado.
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“É uma grande honra ser convidado para presidente da IFPI. Sempre acreditei na importância de se respeitar o talento e os direitos de todos aqueles que actuam, criam, produzem e investem na música”, escreveu o tenor, estrela destacada na ópera, em comunicado.
Plácido Domingo terá agora como função promover as prioridades da IFPI internacionalmente, lutando por uma melhor legislação dos direitos de autor, que enfrenta novos desafios na era digital. “A tecnologia, que por um lado permitiu aos artistas ter um maior alcance, provocou um novo debate sobre a forma de proteger a propriedade intelectual. Estou ansioso por fazer parte desta discussão.”
Além do seu trabalho como tenor e director de orquestra, Plácido Domingo apadrinha escolas para jovens músicos em Washington, Los Angeles e Valência. Agora a ocupar o cargo máximo da IFPI, o espanhol explicou querer utilizar o seu reconhecimento para se poder reunir com os dirigentes do governo dos vários países e consciencializar os executivos sobre a importância dos direitos de autor. “Apoiarei que se tomem medidas contra quem descarregue música ilegalmente”, disse ao “El Mundo”.
Para Frances Moore, director executivo da IFPI, a nomeação de Plácido é de extrema importância. Em comunicado, o responsável escreveu que a defesa activa do tenor pelos direitos de autor no sector da música “surge num um momento crucial, já que os governos em muitos países estão a considerar novas leis para punir a pirataria e ajudar a desenvolver o negócio da música legítima digital”.
Também a indústria musical recebeu com agrado a notícia da nomeação de Plácido Domingo. Para Doug Morris, CEO da Sony Music Entertainment, o espanhol é “um artista de renome que vai ser capaz de comunicar o valor intrínseco da música para os que tomam decisões ao mais alto nível”. Ideia partilhada por Roger Faxon, director executivo da EMI Music Group. “Plácido Domingo tem uma compreensão inata do complexo mundo da música e as questões que a cercam construída ao longo de seus mais de 50 anos na indústria”, disse o responsável, no mesmo comunicado.
Plácido Domingo nasceu em Espanha, mas viveu a sua infância e adolescência no México, onde se estreou em 1959 na companhia de zarzuelas. Desde a sua estreia, encarnou mais de 120 personagens em palco, tornando-se numa das figuras mais icónicas da ópera.