BES Revelação 2011 distingue Ana de Almeida, Catarina de Oliveira e colectivo de artistas
Segundo o comunicado do BES, o júri, constituído por Ana Anacleto (artista e curadora independente, de Lisboa), Marianne Lanavère (directora do Centro Cultural La Galerie, em Paris) e Manuel Segade (curador independente em Paris) decidiu por unanimidade distinguir estes três trabalhos, escolhidos entre cerca de 70 submetidos a concurso, tendo em conta a qualidade intrínseca de cada projecto e a ambição apresentada e adequação à bolsa de produção.
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Segundo o comunicado do BES, o júri, constituído por Ana Anacleto (artista e curadora independente, de Lisboa), Marianne Lanavère (directora do Centro Cultural La Galerie, em Paris) e Manuel Segade (curador independente em Paris) decidiu por unanimidade distinguir estes três trabalhos, escolhidos entre cerca de 70 submetidos a concurso, tendo em conta a qualidade intrínseca de cada projecto e a ambição apresentada e adequação à bolsa de produção.
Os trabalhos, os três com conteúdos, materiais e temas diferentes, vão estar expostos no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, a partir de Novembro, ainda numa data a anunciar, numa exposição comissariada por Ana Anacleto. Juntamente com a possibilidade da exposição, cada projecto irá receber uma bolsa de produção no valor de 7.500 euros, que servirá de apoio à realização dos trabalhos a apresentar no Museu de Serralves.
Ana de Almeida, nascida em 1987, em Praga, apresentou um projecto intitulado “Al Wahda”, uma instalação constituída por diapositivos, vídeos e um artigo de imprensa, todos relativos a naufrágios, encalhes e afundamentos de navios. Um dos casos apresentado é um navio que afundou perto do Estoril em 1989 depois de ter sido arrastado por uma tempestade, explica a organização do prémio em comunicado. A artista procura com este trabalho questionar as práticas documentais na arte contemporânea, e a fronteira entre ficção e realidade, propondo uma reflexão sobre uma possível história pessoal e nacional e as possibilidades da sua representação.
Já Catarina de Oliveira, nascida 1984, em Lisboa, apresentou um trabalho, ainda sem título definido, “que consiste num vídeo retroprojetado num acrílico, em que a artista se propõe investigar a criação, nos dias de hoje, de mitologias e sistemas de crença que não sirvam uma agenda de políticas nacionalistas e de territorialização”.
O terceiro projecto distinguido, o colectivo de artistas constituído por Gonçalo Gonçalves (1988, Lisboa), Luís Giestas (1988, Vila do Conde) e Almeida e Silva (1981, Lisboa), apresenta um projecto que consistirá no envio, por parte de um dos membros do grupo, de uma fotografia ou algo “photography media related” para os outros dois.
“Após a sua recepção, cada membro do grupo criará um novo trabalho, em resposta aos recebidos e envia-os para os outros dois membros, e assim sucessivamente”. O processo começará já a ser posto em prática até um mês antes da inauguração da exposição, período durante o qual darão forma ao trabalho final que será exposto em Serralves.
O prémio BES Revelação destina-se a todos os artistas até aos 30 anos.