Pintor americano Cy Twombly morreu aos 83 anos

Foto
Cy Twombly foi um continuador do expressionismo abstracto DR

Muito influenciado, tal como outros artistas da sua geração, pelos grandes nomes do expressionismo abstracto, como Jackson Pollock, Arshille Gorky ou Willem de Kooning, Twombly, que vivia em Itália desde os anos 50, foi-se contudo distanciando daquele movimento, tal como fizeram os seus amigos Robert Rauschenbeg e Jasper Johns, criadores da pop art.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Muito influenciado, tal como outros artistas da sua geração, pelos grandes nomes do expressionismo abstracto, como Jackson Pollock, Arshille Gorky ou Willem de Kooning, Twombly, que vivia em Itália desde os anos 50, foi-se contudo distanciando daquele movimento, tal como fizeram os seus amigos Robert Rauschenbeg e Jasper Johns, criadores da pop art.

Embora acolhesse nas suas obras muitos elementos da cultura popular, Twombly seguiu outros caminhos e é um pintor mais difícil de catalogar. Atraído pela cultura e literatura europeias, desde o classicismo grego e latino até ao modernismo, a sua obra está cheia de alusões literárias e referências mitológicas, de Vírgílio a Mallarmé ou Rilke.

Numa entrevista a Nicholas Serrota, director da Tate Modern – que exibiu uma grande retrospectiva de Twombly em 2008 –, o pintor afirma que “se pudesse escolher, gostaria de ter sido [Nicolas] Poussin”. Esta sua assumida afinidade com o pintor francês do século XVII serviu mesmo de pretexto a uma exposição inaugurada há dias na galeria Dulwich, em Londres, que associa obras de Poussin e Twombly, mostrando os laços que unem dois artistas separados por mais de três séculos.