Nobre renuncia por se sentir mais útil na acção humanitária
Na carta de renúncia ao mandato do lugar de deputado do PSD, datada de sexta-feira, dirigida à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, e à qual a agência Lusa teve acesso, o ex-candidato presidencial apresenta os motivos que o levaram a não exercer o seu mandato no Parlamento.
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Na carta de renúncia ao mandato do lugar de deputado do PSD, datada de sexta-feira, dirigida à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, e à qual a agência Lusa teve acesso, o ex-candidato presidencial apresenta os motivos que o levaram a não exercer o seu mandato no Parlamento.
“É com alguma tristeza que me afasto das funções de recém-eleito deputado, mas estou certo e ciente de que serei, como já referi, mais útil aos portugueses, a Portugal e ao mundo na acção cívica e humanitária que constitui a minha marca identitária”, refere na carta.
Na História da Democracia portuguesa, Fernando Nobre, presidente da AMI e candidato nas últimas eleições presidenciais, foi o primeiro candidato a presidente da Assembleia da República a falhar a eleição para esse cargo.
Em duas votações sucessivas, apesar de contar com o apoio do maior Grupo Parlamentar – o PSD -, o candidato independente Fernando Nobre não atingiu a fasquia da maioria absoluta de votos (116 em 230) para ser eleito pelos seus pares presidente da Assembleia da República.
Na carta de renúncia ao mandato, Fernando Nobre faz rasgados elogios ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e à “maioria do Grupo Parlamentar do PSD”.
“Travar esta batalha ao lado do senhor doutor Pedro Passos Coelho e da grande maioria do PSD constituiu um enorme desafio que muito me orgulha e uma imensa honra. O senhor doutor Pedro Passos Coelho e a maioria do Grupo Parlamentar do PSD tiveram sempre para comigo uma atitude de grande estímulo e apreço. Tentei retribuir dando toda a minha energia, disponibilidade e genuíno empenhamento”, escreve na mesma carta.