Jim Morrison morreu há 40 anos e em Paris ninguém o esqueceu

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“T-shirts”, cartazes, mensagens, fotografias, flores. O ritual repetiu-se este ano, quando se assinalam exactamente 40 anos sobre o dia em que Morrison, na altura com 27 anos, foi encontrado sem vida na banheira do quarto que partilhava com Pamela Courson, a sua companheira, numa morte até hoje envolta em mistério.

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“T-shirts”, cartazes, mensagens, fotografias, flores. O ritual repetiu-se este ano, quando se assinalam exactamente 40 anos sobre o dia em que Morrison, na altura com 27 anos, foi encontrado sem vida na banheira do quarto que partilhava com Pamela Courson, a sua companheira, numa morte até hoje envolta em mistério.

A campa onde foi sepultado em 1971 é uma das mais visitadas em Père-Lachaise e este ano não foi excepção. Alguns fãs deixaram flores, outros mantiveram-se em silêncio em homenagem ao cantor, outros apareceram com as habituais “t-shirts” com o carismático Morrison ou com fotografias dos The Doors. Entre os presentes estiveram ainda Ray Manzarek e Robby Krieger, respectivamente teclista e guitarrista da banda norte-americana, que também quiseram visitar a campa de Morrison.

“Nada está datado. A sua música, os seus textos, as suas mensagens, tudo é actual em Jim Morrison”, diz Vanni della Zanna, um italiano trintão que à AFP explica a razão que o levou a si e a vários outros amigos a deslocarem-se a Père-Lachaise.

Antoine Thomas, de 17 anos, admite que os The Doors não fazem parte da sua geração musical. “Têm nostalgia de uma época que não conheceram”, afirma, referindo-se a outros jovens que como ele estiveram este domingo no maior cemitério de Paris.

James Douglas “Jim” Morrison nasceu no estado da Florida a 8 de Dezembro de 1943 e morreu em França, a 3 de Julho de 1971. Foi encontrado sem vida na banheira do seu apartamento arrendado em Paris. Como não foram encontrados vestígios de acção criminosa, acabou por não ser realizada nenhuma autópsia, tal como está previsto na lei francesa, o que contribuiu para adensar o mistério em torno das causas da sua morte e reforçou o estatuto de Morrison como lenda da música.

O artista é ainda hoje considerado como um dos mais carismáticos vocalistas de todos os tempos - em larga medida devido à sua personalidade teatral - e consta no número 47 da lista dos 100 Melhores Cantores de Sempre elaborada pela revista “Rolling Stone”.