Presidente da CIP espera aumento do IVA para 24 ou 25 por cento

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Shamila Mussa (arquivo)

António Saraiva, que falava ontem à noite durante a iniciativa Conversas do Casino, na Figueira da Foz, adiantou que esta ideia decorre da sua sensibilidade social, garantindo que nada lhe foi dito na reunião que manteve com o novo ministro da Economia.

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António Saraiva, que falava ontem à noite durante a iniciativa Conversas do Casino, na Figueira da Foz, adiantou que esta ideia decorre da sua sensibilidade social, garantindo que nada lhe foi dito na reunião que manteve com o novo ministro da Economia.

“Provavelmente, vamos ter na taxa máxima algum aumento. Não tenho sensibilidade para dizer se será 24 se será 25, mas a leitura que faço daquilo que conheço é que, provavelmente, a taxa máxima será mexida, ” disse António Saraiva, citado pela rádio TSF.

Lembrou ainda que Portugal já contratualizou com a troika 410 milhões de receita extraordinária em sede de IVA, pelo que considera também que há produtos da taxa reduzida (seis por cento) e intermédia (13 por cento) que passarão para 23 por cento.

“Isto vai ser, para alguns sectores de actividade, para algumas empresas, um tsunami. Conservas, leites, pão, produtos achocolatados, massas, há um conjunto de produtos, empresas nacionais que os produzem, que já hoje, comparativamente com Espanha, têm uma diferença [de preço] só pelo IVA significativa”, afirmou, citado pela agência Lusa. “Se levarmos produtos de seis para 23 por cento, aniquilamos esta realidade empresarial, estas empresas pura e simplesmente fecham portas”, avisou António Saraiva.