Futuro dos canais abertos pode passar por parcerias para novos conteúdos

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Pinto Balsemão acredita no futuro dos canais generalistas Pedro Cunha/ Público

Com o tema de conversa sobre que modelo de televisão vai vingar e quem o deve controlar, o presidente do grupo Impresa foi claro: as televisões generalistas têm futuro e comprovou-o com uma serie de dados de share dos três canais abertos, realçando o abismo que há entre estes e os canais pagos (a chamada payTV). Defendeu que tanto os anunciantes como o governo ou ainda a população precisam dos três canais. “É a melhor forma de uma publicidade chegar a todos, de uma mensagem política chegar à população e é uma boa maneira para passar um serão em família” explica.

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Com o tema de conversa sobre que modelo de televisão vai vingar e quem o deve controlar, o presidente do grupo Impresa foi claro: as televisões generalistas têm futuro e comprovou-o com uma serie de dados de share dos três canais abertos, realçando o abismo que há entre estes e os canais pagos (a chamada payTV). Defendeu que tanto os anunciantes como o governo ou ainda a população precisam dos três canais. “É a melhor forma de uma publicidade chegar a todos, de uma mensagem política chegar à população e é uma boa maneira para passar um serão em família” explica.

Pinto Balsemão teceu duras críticas à “existência de empresas de media que não estão preocupadas em ganhar dinheiro como empresas de media, mas sim em usa-las para ganhar dinheiro em outras áreas”, classificando a situação actual da concorrência nos media de “irracional”.

Chamado a falar, o presidente da RTP declarou que está disponível para criar um “laboratório de media” com as televisões privadas que pode passar, a titulo de exemplo, pela produção de conteúdos portugueses para o mercado internacional. Guilherme Costa defende assim a colaboração entre as televisões privadas e a esfera pública que faça emergir “novos criadores de conteúdos”.

Pais do Amaral começou por declarar que a RTP “tem de se manter como televisão de serviço público”. O presidente não executivo da Media Capital, dona da TVI, apontou a principal ameaça ao futuro das televisões generalistas: a InternetTV, afirmando que, contrariamente a outros assuntos, “Portugal não está assim tão atrasado relativamente a países como os Estados Unidos da América”, e classificando o país à frente da Alemanha a nível de tecnologias de comunicação.

O presidente da Zon defendeu o estabelecimento de parcerias entre distribuidoras e broadcasters (criadores de conteúdo). “Aqui ninguém controla ninguém”, afirmou e acrescentou que não vê “com bons olhos a fusão dos dois negócios [distribuição e criação de conteúdo] ”.

Quando o moderador deste debate, Pedro Norton da APDC, deu finalmente a palavra a Zeinal Bava, o presidente da PT foi breve: “Queremos assumir a liderança da televisão paga em Portugal”, dizendo que era apenas “uma questão de tempo” até tal acontecer. Valorizou a inovação das televisões pagas, como a interactividade e a diversidade dos conteúdos para atingir este objectivo.