Sudão: Norte e Sul anunciam acordo para pôr fim à violência no Kordofan
“Este acordo é um prelúdio ao fim das hostilidades. Espero que seja um sinal de boa fé”, disse à agência de notícias AFP Malik Agar, chefe do braço local do SPLM (o movimento que durante duas décadas lutou pela independência do Sul do Sudão) e um dos signatários do acordo.
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“Este acordo é um prelúdio ao fim das hostilidades. Espero que seja um sinal de boa fé”, disse à agência de notícias AFP Malik Agar, chefe do braço local do SPLM (o movimento que durante duas décadas lutou pela independência do Sul do Sudão) e um dos signatários do acordo.
A violência regressou a 5 de Junho ao Kordofan do Sul, um estado etnicamente diverso e o único do Norte do país com reservas petrolíferas. O Exército sudanês chegou à região, próxima da fronteira com o Sul, envolvendo-se em intensos combates com a facção local dos antigos rebeldes sulistas. As organizações internacionais dão também conta de perseguições a membros da etnia nuba, que combateu ao lado dos secessionistas durante a guerra civil.
Além da extrema violência – há relatos de execuções sumárias, prisões arbitrárias e pilhagens que, segundo a ONU, levaram mais de 60 mil pessoas a abandonar as suas casas –, o regresso dos combates ao Kordofan ameaçavam fazer descarrilar os acordos de paz que em 2005 puseram fim ao mais longo conflito africano da história recente. Um risco tanto maior, por acontecer a semanas da independência do Sul do Sudão, aprovada por 99 por cento da população num referendo realizado em Janeiro e com data marcada para 9 de Julho.