Seguro revê-se na proposta de Soares para refundar o Partido Socialista

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Seguro: "É indispensável que o PS proceda a uma actualização da sua proposta política"

“É indispensável que o PS proceda à actualização da sua proposta política em respeito pelos seus valores fundacionais”, defendeu hoje Seguro no Funchal. O candidato a sucessor de José Sócrates reafirmou que tais objectivos matriciais – “a liberdade, a democracia, a igualdade de oportunidades, uma sociedade mais justa, um desenvolvimento mais harmoniosos e o respeito pelas pessoas” – devem ser concretizados através de soluções adaptadas à realidade de cada momento.

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“É indispensável que o PS proceda à actualização da sua proposta política em respeito pelos seus valores fundacionais”, defendeu hoje Seguro no Funchal. O candidato a sucessor de José Sócrates reafirmou que tais objectivos matriciais – “a liberdade, a democracia, a igualdade de oportunidades, uma sociedade mais justa, um desenvolvimento mais harmoniosos e o respeito pelas pessoas” – devem ser concretizados através de soluções adaptadas à realidade de cada momento.

No final de uma acção de campanha interna, realizada na sede regional do PS, António José Seguro manifestou-se solidário com os socialistas madeirenses, ao lado dos quais pretende estar nas eleições regionais de Outubro, e declarou-se um autonomista. “Não sou defensor da autonomia regional para agradar aos madeirenses. Eu sou defensor da autonomia regional porque na minha concepção de estado moderno é indispensável que as comunidades políticas que têm determinadas características de unidade regional tenham a possibilidade de serem dotadas de governos e competências próprios e orçamentos e recursos para melhor executarem o investimento público e resolver os problemas das pessoas”, esclareceu.

Seguro explicou também que não se opõe a uma revisão constitucional, é sim contra o projecto de revisão que o PSD apresentou. Nesta matéria repudiou os “bloqueios” ao aprofundamento da autonomia aprovado na revisão de 2004, que dotou a Madeira de maiores poderes não revertidos para o respectivo Estatuto Político-Admistrativo. A propósito expressou o seu apoio às propostas do PS local pela limitação de mandatos do presidente do governo regional, regime de incompatibilidades e fim de benesses aos políticos regionais extintas pelo governo de Sócrates em 2005.

Propondo assumir-se como líder de uma oposição “responsável, construtivo e positiva”, Seguro, lembrando ser uma proposta que preconiza há meses, disse apoiar a reprogramação dos fundos do QREN que, defendida anteontem por Pedro Passos Coelho em Bruxelas. Mas discorda frontalmente da ideia do novo primeiro-ministro de “somar mais austeridade à austeridade que já advém da troika”.

Interrogado por jornalistas sobre o tipo de passagem aérea para o Funchal, Seguro, numa crítica indirecta a Passos Coelho, esclareceu: “Viajei em classe económica, mas paguei. Vim no lugar F22 e fiz excelente viagem”.

António José Seguro comprometeu-se a realizar em breve mais duas deslocações à Madeira, como forma de “dizer que de forma clara e inequívoca que estamos ao lado com os socialistas madeirenses na luta que vão travar em Outubro”. Caso seja eleito secretário-geral do PS nacional, vai participar na festa anual do PS-M na Fonte do Bispo, a realizar a 29 de Agosto, e prometeu realizar no Funchal a primeira reunião do secretariado nacional saído do congresso nacional marcado para Setembro.

Notícia substituída ás 15h47