Vera Jardim considera que Nobre foi “teimosia do PSD num erro”
Para Vera Jardim, que falava durante o programa “Falar Claro” da Rádio Renascença, o chumbo de Nobre para presidente da Assembleia da República “é uma primeira má impressão” e representa a “teimosia do PSD num erro”. O também ex-deputado e antigo ministro da Justiça defende que o caso podia ter sido evitado pela direcção social-democrata, ainda que entenda que tal situação não venha a prejudicar a governação de Passos Coelho.
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Para Vera Jardim, que falava durante o programa “Falar Claro” da Rádio Renascença, o chumbo de Nobre para presidente da Assembleia da República “é uma primeira má impressão” e representa a “teimosia do PSD num erro”. O também ex-deputado e antigo ministro da Justiça defende que o caso podia ter sido evitado pela direcção social-democrata, ainda que entenda que tal situação não venha a prejudicar a governação de Passos Coelho.
“Passos Coelho diz que ‘era um compromisso meu’, mas quando a pessoa vê que o ambiente está toldado, teria sido ajustado fazer em entendimento com o Dr. Fernando Nobre, dizer não há condições e não vamos sujeitá-lo àquilo que se passou hoje, que é um chumbo repetido duas vezes”, concretizou Vera Jardim.
Ainda assim, o socialista clarificou que deseja que “tudo corra pelo melhor” ao novo Governo, que toma posse hoje, pois estão em causa os graves problemas do país e o Executivo de Pedro Passos Coelho “não pode falhar”. No entanto, Vera Jardim manifestou alguma apreensão com a estrutura do novo Governo, por ser pequeno e por ter verdadeiros super-ministérios, dizendo que está expectante em relação aos secretários de Estado.
Ainda assim, reconhece que a escolha de Vítor Gaspar para ministro das Finanças é a “mais acertada de todas”, tendo em conta um currículo “muito vasto”, que “toca a Administração Pública portuguesa, o conhecimentos dos problemas portugueses, quer o trabalho no Banco de Portugal, no Banco Central Europeu e nas instituições europeias”.
No que diz respeito à corrida para a liderança do Partido Socialista, depois da demissão de José Sócrates, Vera Jardim explica que apoia António José Seguro, por considerar o antigo líder da JS a pessoa com o perfil “mais capaz” de fazer uma “verdadeira refundação do partido”.