Nuno Magalhães proposto para líder da bancada dos centristas

Foto
Paulo Portas entre Mota Soares e Nuno Magalhães Rui Gaudêncio

Com 39 anos, Nuno Magalhães, advogado, foi vice-presidente da bancada nas últimas duas legislaturas e assumiu a vice-presidência do partido no congresso, em Março deste ano. Fez ainda parte da equipa negocial do CDS nas conversações com o PSD para a formação do Governo e é a voz do partido na área da segurança.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Com 39 anos, Nuno Magalhães, advogado, foi vice-presidente da bancada nas últimas duas legislaturas e assumiu a vice-presidência do partido no congresso, em Março deste ano. Fez ainda parte da equipa negocial do CDS nas conversações com o PSD para a formação do Governo e é a voz do partido na área da segurança.

A eleição, que deve decorrer esta semana, deverá realizar-se sem problemas, já que o nome é consensual dentro do grupo.

A escolha deste antigo secretário de Estado da Administração Interna, nos governos de coligação com o PSD liderados por Durão Barroso e por Santana Lopes, é um sinal de recompensa também pelo resultado obtido pelo partido em Setúbal, a 5 de Junho, onde elegeu dois deputados, entre os quais Nuno Magalhães, que era cabeça de lista. Na cidade, o CDS obteve 15,1 por cento dos votos, a sete décimas da CDU.

Esta semana, o CDS também terá um conselho nacional, ao abrigo dos estatutos, para analisar os resultados eleitorais. Poderá ser já nesta ocasião que Paulo Portas irá indicar o nome para assumir a presidência executiva do partido, cargo que criou no congresso de Março para a eventualidade de o líder partidário integrar o governo, como veio a acontecer.

Como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas quer estar a tempo inteiro no Governo, mas ao mesmo tempo "proteger" o partido do desgaste de uma coligação com o PSD.

Ao que o PÚBLICO apurou, Portas está a ponderar uma reforma profunda no CDS, tendo em conta a actual implantação do partido, que, segundo os números oficiais, ultrapassou os 28 mil militantes.

Nas alterações que Portas tem em vista está a criação de um gabinete de estudos e a aposta na formação política dos militantes. É que no horizonte estão já em Outubro as eleições regionais da Madeira, onde o CDS obteve o melhor resultado eleitoral, as eleições nos Açores em 2012, e as autárquicas no ano seguinte, sufrágio que será difícil, já que ocorre a meio da legislatura.