Fernando Nobre desiste de ser presidente da AR, mas fica como deputado
Numa declaração aos jornalistas, Nobre considerou "não reunir condições para se submeter a uma terceira votação".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Numa declaração aos jornalistas, Nobre considerou "não reunir condições para se submeter a uma terceira votação".
O deputado disse ter comunicado a decisão a Pedro Passos Coelho, que a aceitou. E adiantou que continuará a exercer as funções de deputado enquanto entender que "é útil ao país".
A eleição foi feita por voto secreto, em urna, e decorreu na primeira sessão do Parlamento que saiu das legislativas de 5 de Junho.
Fernando Nobre recebeu, na primeira volta, 106 votos, 101 deputados votaram em branco e registaram-se 21 votos nulos. Dos 230 deputados, votaram 228. Na segunda volta volta recebeu 105 votos, menos um que na primeira. Recebeu ainda os mesmos em branco (101) e mais um nulo (21). Não votaram dois deputados, ambos do PS.
O candidato do PSD não conseguiu sequer o pleno da bancada que o propôs nas duas votações.
O PSD só apresentará um novo candidato na terça-feira, dia em que toma posse o novo Governo, e haverá uma sessão extraordinária do Parlamento às 16h00.
Após o duplo "chumbo" de Nobre, reuniu-se informalmente a conferência de líderes. Houve então um compasso de espera de 30 minutos, até às 18h45, para se esclarecer se os sociais-democratas conseguiriam apresentar um novo nome até essa hora.
No final do prazo, o PSD anunciou então que só apresentaria o nome na terça-feira e a Assembleia da República reúne-se pelas 16h00.
Notícia actualizada às 19h00