Pedidos de anulação de votos da mesa do Rio de Janeiro condicionam posse do Governo
O director-geral da Administração Interna, Jorge Miguéis, disse que os pedidos de anulação apresentados hoje pelo PS, BE e PCP relativos ao apuramento da mesa de voto do Rio de Janeiro vão obrigar, após a avaliação pelo Tribunal Constitucional, à publicação dos resultados eleitorais finais somente no próximo dia 20, razão pela qual a Assembleia da República apenas poderá ser empossada no dia 23.
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O director-geral da Administração Interna, Jorge Miguéis, disse que os pedidos de anulação apresentados hoje pelo PS, BE e PCP relativos ao apuramento da mesa de voto do Rio de Janeiro vão obrigar, após a avaliação pelo Tribunal Constitucional, à publicação dos resultados eleitorais finais somente no próximo dia 20, razão pela qual a Assembleia da República apenas poderá ser empossada no dia 23.
Em causa está a votação dos 1.392 eleitores do Rio de Janeiro, cujo apuramento deu 974 votos ao PSD e 180 ao PS, levando os socialistas a fundamentarem o pedido de impugnação com “indícios sérios de fraude eleitoral”, conforme disse à Lusa Paulo Pisco, responsável pelo PS das Comunidades.
Jorge Miguéis disse ainda que os pedidos de anulação da votação no Rio de Janeiro são os únicos de que há conhecimento até agora.
Relativamente aos resultados provisórios ainda não oficiais, Jorge Miguéis adiantou que a distribuição dos dois deputados a eleger pelo círculo da Europa será igual à registada há dois anos, quando socialistas e social-democratas elegeram um deputado cada.
Quanto ao círculo Fora da Europa, a tendência é para que o PSD obtenha os dois mandatos em disputa, mas Jorge Miguéis salientou o facto de estar ainda por apurar o escrutínio de metade das 11 mesas deste círculo. A confirmar-se esta tendência, os sociais-democratas apurarão os dois deputados Fora da Europa, à semelhança do que se verificou nas legislativas de 2009.