Jovem SEDES vê Vítor Bento como Ministro das Finanças
O núcleo jovem SEDES, Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, apelou, em Carta Aberta dirigida aos "diferentes decisores políticos e parceiros sociais", a uma "busca de soluções", que deve ser da responsabilidade de todos os cidadãos, ainda que "muito particularmente dos partidos". A associação afirma ainda ver com bons olhos Vítor Bento como Ministro das Finanças e Joaquim Azevedo no Ministério da Educação.
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O núcleo jovem SEDES, Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, apelou, em Carta Aberta dirigida aos "diferentes decisores políticos e parceiros sociais", a uma "busca de soluções", que deve ser da responsabilidade de todos os cidadãos, ainda que "muito particularmente dos partidos". A associação afirma ainda ver com bons olhos Vítor Bento como Ministro das Finanças e Joaquim Azevedo no Ministério da Educação.
A carta, apresentada no Hotel Tivoli, em Lisboa, e que será enviada aos órgãos de soberania, defende o fim de "politiquices" e o regresso de uma "real politic" com uma "verdadeira estratégia política que devolva à sociedade portuguesa um novo fôlego económico e social".
Sendo este o tempo de agir, segundo afirma, o núcleo jovem encara a "poupança", a "paragem do endividamento" familiar ou colectivo, "uma nova dinâmica" das pequenas e médias empresas e uma aposta na pesca e na agricultura como soluções de futuro.
Defende uma reestruturação da Administração Pública, olhando não apenas ao número de funcionários, mas também à eficácia dos seus serviços. A associação acredita ainda que a "multiplicação das autarquias" não faz "sentido" e apoia o fim dos governos civis.
A Revisão Constitucional terá de "adequar-se o mais possível às novas realidades e necessidades", assim como as reformas necessárias ao país devem possuir um "amplo e forte consenso partidário" muito além da "maioria governativa agora encontrada", pode ler-se. Este consenso partidário em que apelam ao longo da carta é, segundo a associação, "um sinal de maturidade democrática".
A SEDES defende ainda que as palavras do Presidente da República sejam "escutadas e entendidas" pelas forças políticas e afirma ver "com agrado" o apelo de Cavaco Silva aos jovens, para que estes se afirmem e sejam a "voz da sociedade".
É ainda urgente, explicam na carta, "credibilizar a relação entre o Estado e a Sociedade Civil" e restabelecer "a relação entre os eleitos e os eleitores".
Aos jovens, a SEDES pede acção para "criar um novo impulso ao país". Miguel Bettencourt, representante da SEDES, durante a conferência onde foi apresentada a carta, demonstrou preocupação com as taxas de desemprego que afectam as novas gerações e levam à "segunda maior vaga" de emigração entre os jovens.
Na carta, afirmam ainda que, para solucionar a crise económica portuguesa, os cidadãos não podem esperar que o Estado seja a "resposta para tudo". Esta mensagem destina-se também aos empresários, que devem ser "empreendedores" e "arriscar", sendo independentes do Governo, assevera o representante.
Contudo, a SEDES apela à criação de mais condições e estímulos por parte do Estado.
Acreditam que os cidadãos também devem assumir os custos de serviços do Estado, como os serviços de saúde, e dizem que empresas como a CP, Refer e REN não têm sido um investimento lucrativo para o Governo.
Dos sindicatos, esperam "bom-senso" e um entendimento da conjuntura do país.
No momento em que as Instituições Internacionais "têm os olhos postos em nós", a associação defende que todos devem ajudar a melhorar a "imagem do país".