"Indignados" marcharam pela noite em Madrid após terem levantado acampamento

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Os manifestantes querem levar o protesto a mais cidades de Espanha Sergio Perez/Reuters

Ao soar das batidas da meia-noite, centenas ergueram as mãos no ar, agitando-as, durante um minuto de “grito mudo”, onde só se ouviu as badaladas do sino do campanário na Praça de Callao. Daí, a manifestação seguiu pela Gran Vía, obrigando ao corte da circulação durante mais de uma hora em ambos os sentidos, e desembocou da Praça Cibeles, onde os chamados “indignados” permaneceram em vigília.

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Ao soar das batidas da meia-noite, centenas ergueram as mãos no ar, agitando-as, durante um minuto de “grito mudo”, onde só se ouviu as badaladas do sino do campanário na Praça de Callao. Daí, a manifestação seguiu pela Gran Vía, obrigando ao corte da circulação durante mais de uma hora em ambos os sentidos, e desembocou da Praça Cibeles, onde os chamados “indignados” permaneceram em vigília.

O movimento iniciou as suas acções a 15 de Maio passado, como uma manifestação pela democracia que teve lugar não apenas em Madrid mas também em outras 50 cidades espanholas e acabou por converter-se, em poucas semanas, num marco incontornável na agenda política do país.

Na tarde de ontem, o acampamento de protesto na Porta do Sol – “centro de operações” do 15-M – fora desmantelado e toda a área limpa, com a intervenção, também, dos serviços municipais de Madrid. Os manifestantes prometeram então que saíam da praça não em acto de retirada mas sim de expansão do protesto para outras partes da capital e do país.