“Agricultura é um sector absolutamente relevante”, diz Portas
Paulo Portas, que visitou ao final da tarde a 48.ª Feira Nacional da Agricultura/58.ª Feira do Ribatejo, recusou prestar quaisquer declarações sobre as conversações em curso com o PSD para a formação de “uma maioria de esperança para Portugal”, lembrando que pediu “recato” devendo ser o primeiro a praticá-lo.
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Paulo Portas, que visitou ao final da tarde a 48.ª Feira Nacional da Agricultura/58.ª Feira do Ribatejo, recusou prestar quaisquer declarações sobre as conversações em curso com o PSD para a formação de “uma maioria de esperança para Portugal”, lembrando que pediu “recato” devendo ser o primeiro a praticá-lo.
Contudo, quando questionado sobre a importância que será dada ao sector agrícola pelo próximo Governo, Portas referiu que ele terá que ser “relevante para uma estratégia nacional de criação de riqueza, maior autonomia de abastecimento e menor endividamento”.
A política agrícola nacional terá que ser “coerente, consistente, bem desenhada, bem concebida, partilhada com os agricultores e que ponha o Ministério ao serviço de quem quer ser agricultor e investir na agricultura”, afirmou.
A existência de um Ministério da Agricultura poderá ser um ponto de divergência com o PSD, já que a estrutura de Governo apontada por Pedro Passos Coelho, com apenas 10 Ministérios, apontava para a junção da pasta com o Ambiente e o Ordenamento do Território.
“Às vezes as pessoas só se lembram da agricultura quando há uma crise de preços ou uma crise alimentar. Talvez agora percebam que a agricultura, como a economia do mar, como o turismo, como a indústria exportadora, desempenha uma função absolutamente essencial para tirar Portugal de uma situação dramática de endividamento em que o país foi colocado”, afirmou.
Portas colocou a agricultura “à cabeça” dos sectores produtivos em que o país deve apostar, “porque são esses sectores que vão permitir aumentar consideravelmente a capacidade exportadora e reduzir a dependência das importações”, afirmou, frisando o “contributo” do CDS para que essa consciência seja hoje “mais urgente”.
O líder popular justificou a passagem hoje pela Feira Nacional da Agricultura com o facto de ter estado sempre presente no certame que representa a produção agrícola nacional.
“Sou habitual, gosto, faz parte da minha visão a defesa do mundo rural, dos agricultores”, disse, sublinhando que o país “precisa de perceber todo que precisa como pão para a boca de apostar nos agricultores como criadores de riqueza, como criadores emprego e como desendividadores do país”.
Portas aproveitou ainda para felicitar a distrital de Santarém e as concelhias por o partido ter tido aqui um dos melhores resultados do país.