Protestos em Valência causam vários feridos
Os confrontos ocorreram em frente à sede do governo regional de Valência, onde assumiu funções o novo presidente, Francisco Camps, do Partido Popular (na oposição no governo nacional), após as eleições regionais de 22 de Maio. Vários manifestantes juntaram-se em frente ao parlamento local, a polícia acorreu a dispersar o protesto dos “indignados” que denunciavam a “corrupção da classe política” e dos confrontos resultaram pelo menos 18 feridos, segundo o “El País”.
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Os confrontos ocorreram em frente à sede do governo regional de Valência, onde assumiu funções o novo presidente, Francisco Camps, do Partido Popular (na oposição no governo nacional), após as eleições regionais de 22 de Maio. Vários manifestantes juntaram-se em frente ao parlamento local, a polícia acorreu a dispersar o protesto dos “indignados” que denunciavam a “corrupção da classe política” e dos confrontos resultaram pelo menos 18 feridos, segundo o “El País”.
Nas últimas semanas os “indignados” têm saído à rua em várias cidades espanholas e acamparam na Porta do Sol, em Madrid. Durante a noite de quarta-feira centenas de pessoas tinham-se juntado em Valência com bandeiras onde se lia “Os corruptos fora das instituições”.
Nesta quinta-feira de manhã a polícia antimotim interveio para dispersá-los e os manifestantes atiraram-lhes garrafas e outros objectos, segundo fontes policiais citadas pelo “El País”. Os confrontos começaram pelas 13h30 (12h30 em Lisboa), a poucos metros da sede da autarquia local, e enquanto a polícia alega que a sua intervenção foi uma resposta às agressões, o movimento 15-M – que representa os manifestantes e tem esse nome porque os protestos começaram a 15 de Março –, nega que tenham ocorrido.
Um dos polícias ficou ferido na cara, depois de ter sido atingido com uma tesoura, disseram ao “El País” responsáveis da polícia, que acusam “um grupo descontrolado” de ser responsável pelos distúrbios e garantem que a sua intervenção não pretendeu desmobilizar os manifestantes.
María Guillem, uma empregada de hotel, ficou ferida no lábio durante os confrontos e contou ao jornal espanhol que foi empurrada por um polícia. “Estávamos a protestar e bateram-me. Julguei que me iam partir a cara”. E Julián, um desempregado de 29 anos, também disse que foi empurrado.
Manifestantes contaram ao “El Mundo” que os confrontos começaram depois de a polícia ter tentado tirar a mochila a um “indignado” e que pelo menos cinco pessoas foram detidas.
Em Valência os manifestantes protestaram contra a tomada de posse de Francisco Camps - aliado do líder do PP Mariano Rajoy - por este ter sido acusado num caso de corrupção e de financiamento ilegal do partido. Na noite de quarta-feira os protestos continuaram também na Porta do Sol em Madrid, onde os “indignados” se insurgem contra a corrupção e o desemprego que afecta cerca de 21 por cento da população.