Uma troca e um rapto impedidos nos últimos quatro anos em maternidades

Os casos estão registados no relatório da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) no âmbito de uma acção desenvolvida sobre a segurança do recém-nascido em meio hospitalar, a que a Agência Lusa teve acesso.

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Os casos estão registados no relatório da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) no âmbito de uma acção desenvolvida sobre a segurança do recém-nascido em meio hospitalar, a que a Agência Lusa teve acesso.

Nesse documento, é referido que, além das duas situações de rapto em 2006 e 2008 no Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, as instituições referiram outras ocorrências.

“Um outro prestador referiu uma tentativa de rapto pelo pai da criança, que não se concretizou por ter sido imediatamente detectada pelos serviços”, escreve a ERS.

Em relação a trocas de recém-nascidos, foi referida uma situação, a qual “foi detectada e resolvida num intervalo de 48 horas, com o auxílio da PSP”.

Além destes casos, “foram reportadas 17 situações de quedas do recém-nascido ou da puérpera entre 2006 e 2010, bem como a implementação imediata de medidas preventivas da repetição da situação”.

Das 17 ocorrências registadas, “oito referem-se à mesma instituição, encontrando-se as restantes nove distribuídas por oito prestadores”.

Esta acção da ERS visou averiguar o cumprimento dos requisitos de um despacho de 2008 sobre segurança dos recém-nascidos que foi publicado após o rapto de uma criança no Hospital Padre Américo, em Penafiel.

Segundo o relatório, “globalmente, os índices de observância de medidas de segurança instituídas em prol da segurança do recém-nascido obedecem a níveis de cumprimento satisfatórios”.

Em análise estiveram 63 instituições, das quais 63,5 por cento do sector público, 28,6 por cento do privado e 7,9 por cento do social.