Já ouvimos o novo álbum dos Buraka Som Sistema
E então? E então é uma obra de amadurecimento, em que há um misto de faixas que se aproximam da ideia convencional de canção e outras em que há uma vontade mais nítida de explorar o lado físico da música do grupo. Em conversa com o quarteto em estúdio, essa é uma das ideias que ficam: o segundo álbum dos Buraka, "Komba", que será editado a meio de Setembro, é uma obra de um verdadeiro grupo, e não de um projecto, como ainda sucedia aquando da edição de "Black Diamond" (2008).
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E então? E então é uma obra de amadurecimento, em que há um misto de faixas que se aproximam da ideia convencional de canção e outras em que há uma vontade mais nítida de explorar o lado físico da música do grupo. Em conversa com o quarteto em estúdio, essa é uma das ideias que ficam: o segundo álbum dos Buraka, "Komba", que será editado a meio de Setembro, é uma obra de um verdadeiro grupo, e não de um projecto, como ainda sucedia aquando da edição de "Black Diamond" (2008).
"Em termos de dinâmica de trabalho, essa foi a grande diferença" assume João Barbosa (J-Wow). "Para o primeiro álbum existiam muitas ideias dispersas que depois trabalhámos. Aqui partimos do zero." O ponto de partida foi um refúgio em Monchique, onde se reuniram para partilhar e concretizar ideias. Depois foram surgindo mais sessões de gravação em Portugal e em Londres. Já se sabia que os brasileiros MixHell (o ex-Sepultura Igor Cavalera e Laima Leyton) e o austríaco Stereotype haviam participado em algumas sessões, mas do leque de colaboradores a maior surpresa é capaz de ser a de Sara Tavares. É ela que canta "Chorei" (título provisório, como todos os outros), envolta numa estrutura clássica de canção, mantendo o registo suave da voz, acompanhada vocalmente pela jamaicana Terry Lynn, do álbum "Kingstonlogic 2.0". A cantora inglesa Roses Gabor (cantou com os Gorillaz) ou o compatriota Afrikan Boy são outras das participações vocais. A primeira canta em "Up all night", outra das canções que prometem seduzir mais audiências, e o segundo participa em "Abana o esqueleto", uma das mais físicas, ao lado de "Candonga" ou de "Hangover (BaBaBa)", o single já conhecido que estará à venda a partir de segunda-feira.
A sensação geral é que se trata de um álbum mais consistente, de ambientes mais constantes, em que o frenesim rítmico do kuduro volta a fazer-se sentir, mas cuidado por muitas outras encenações, como "Hipnotized", de ritmo moderado, minimalista, profundo.
Em Portugal o disco vai ser distribuído pela Universal. Internacionalmente ainda não é certo. O que é certo é que o grupo vai fazer os Coliseus de Lisboa e Porto em Novembro (18 e 19) e que vai continuar a actuar por todo o mundo (Barcelona, Zagreb, Rio, Amesterdão, Cidade do México, etc.) ao longo destes meses.