Comissão Europeia gastou oito milhões de euros em festas e jactos privados
Os números são avançados pelo jornal britânico Daily Telegraph, com base numa investigação do Bureau of Investigative Journalism, uma entidade sem fins lucrativos dedicada à investigação jornalística.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os números são avançados pelo jornal britânico Daily Telegraph, com base numa investigação do Bureau of Investigative Journalism, uma entidade sem fins lucrativos dedicada à investigação jornalística.
De acordo com o jornal britânico, mais de 7,5 milhões de euros foram gastos entre 2006 e 2010 só em jactos privados. A isso junta-se a factura de limusinas, estadias em hotéis de cinco estrelas, festas e presentes luxuosos.
Um dos exemplos dados pelo jornal é o do presidente da CE, Durão Barroso, que gastou 28 mil euros numa estadia de quatro noites num hotel em Nova Iorque, em Setembro de 2009, durante a cimeira das alterações climáticas das Nações Unidas.
Em festas de luxo, foram gastos cerca de 300 mil euros, com destaque para uma em Amesterdão, que custou 75 mil euros. Neste tipo de eventos, a CE contratou orquestras e ofereceu presentes luxuosos, como botões de punho, canetas de tinta permanente e jóias da Tiffany.
De acordo com o Daily Telegraph, a divulgação destas notícias está a gerar polémica no Reino Unido, ainda para mais numa altura em que a Comissão Europeia pediu um aumento de 4,9 por cento no orçamento do próximo ano.
“Os contribuintes europeus estão a enfrentar decisões duras sobre os seus orçamentos e é tempo de a comissão analisar bastante as suas prioridades de despesa”, afirmou o ministro britânico para a Europa, David Lidington, salientando que “qualquer evidência de extravagância e desperdício irá prejudicar não só os comissários envolvidos mas também a União Europeia como um todo”.