Dois “Nobel” da arquitectura disponíveis para projectar remodelação do Estádio Nacional

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Souto de Moura e Siza Vieira poderão projetar remodelação do Estádio Nacional DR

Autor do projecto do novo Estádio Municipal de Braga, um dos palcos do Euro2004 e apontado como um dos recintos mais emblemáticos da Europa, Eduardo Souto de Moura, que recebeu o Pritzker este ano, confessou-se “interessado” num desafio desta dimensão, embora não tenha querido, para já, alargar-se em mais comentários.

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Autor do projecto do novo Estádio Municipal de Braga, um dos palcos do Euro2004 e apontado como um dos recintos mais emblemáticos da Europa, Eduardo Souto de Moura, que recebeu o Pritzker este ano, confessou-se “interessado” num desafio desta dimensão, embora não tenha querido, para já, alargar-se em mais comentários.

Sem trabalhos na área dos espaços desportivos, Siza Vieira, que recebeu o “Nobel” da arquitectura em 1992, mostra-se cativado pela ideia de desenhar a renovação do Estádio Nacional.

“Se fosse convidado para isso, julgo que sim. Teria de ver, na altura em que o convite surgisse, se tinha disponibilidade”, admitiu Siza Vieira à Lusa.

O projectista do edifício de habitação, em Berlim, Bonjour Tristesse, ou da pala do Pavilhão de Portugal na Expo98, diz mesmo que, caso um convite surgisse em “tempos próximos”, aceitaria “com certeza”, até porque “há bastante falta de trabalho em Portugal”.

O arquitecto, que chegou a trabalhar com Souto de Moura, deixa muitos elogios à estrutura que acolhe todos os anos a final da Taça de Portugal e que agora tem recebido críticas por não estar adaptada aos tempos modernos.

“É um estádio muito bonito, clássico, e ainda me lembro da inauguração, em 1944”, recorda Siza Vieira.

O Estádio Nacional foi inaugurado a 10 de Junho de 1944. Inspirado no Estádio Olímpico de Berlim, que foi remodelado para o Mundial de 2006, Miguel Jacobetty Rosa foi o projectista que ajudou a materializar a ideia do então ministro das Obras Públicas, Duarte Pacheco.

Serviu de anfitrião para vários jogos da selecção portuguesa, mas tem como “ícone” da sua internacionalização ter sido palco da final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1967, ganha pelos escoceses do Celtic aos italianos do Inter de Milão (2-1).