Nada a Declarar
É a história de um homem que se vê obrigado pelos acontecimentos a rever os seus preconceitos - no caso, um agente xenófobo da brigada fiscal belga que se vê obrigado a fazer equipa com o seu equivalente francês numa cidadezinha de província que faz fronteira entre os dois países. Se a premissa parece familiar, é porque o é - "Nada a Declarar" é o novo filme do actor, comediante e realizador francês Dany Boon depois de "Bem-vindo ao Norte", filme que bateu todos os recordes de bilheteira em França e cujo humor encontrou surpreendente eco noutros países europeus, Portugal inclusive. Ora, por muito que o novo filme prossiga na linhagem do humor caloroso do seu antecessor, fá-lo com a sensação de que Boon se limitou a decalcar o dispositivo do "peixe fora de água" e da oposição Norte/Sul para a rivalidade franco-belga. É verdade que o realizador lhe juntou uma pitada de policial para apimentar, mas mostra ter tão pouco interesse nessa trama que quase não valia a pena ter-se incomodado. Além do mais, o filme confunde a exploração à exaustão dos arquétipos do humor popular com personagens de carne e osso - que, apesar de tudo, existiam em "Bem-vindo ao Norte" mas estão aqui dramaticamente ausentes, substituidos por lugares-comuns puramente funcionais.
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É a história de um homem que se vê obrigado pelos acontecimentos a rever os seus preconceitos - no caso, um agente xenófobo da brigada fiscal belga que se vê obrigado a fazer equipa com o seu equivalente francês numa cidadezinha de província que faz fronteira entre os dois países. Se a premissa parece familiar, é porque o é - "Nada a Declarar" é o novo filme do actor, comediante e realizador francês Dany Boon depois de "Bem-vindo ao Norte", filme que bateu todos os recordes de bilheteira em França e cujo humor encontrou surpreendente eco noutros países europeus, Portugal inclusive. Ora, por muito que o novo filme prossiga na linhagem do humor caloroso do seu antecessor, fá-lo com a sensação de que Boon se limitou a decalcar o dispositivo do "peixe fora de água" e da oposição Norte/Sul para a rivalidade franco-belga. É verdade que o realizador lhe juntou uma pitada de policial para apimentar, mas mostra ter tão pouco interesse nessa trama que quase não valia a pena ter-se incomodado. Além do mais, o filme confunde a exploração à exaustão dos arquétipos do humor popular com personagens de carne e osso - que, apesar de tudo, existiam em "Bem-vindo ao Norte" mas estão aqui dramaticamente ausentes, substituidos por lugares-comuns puramente funcionais.