Intel apresenta transístor tridimensional e de 22 nanómetros
A nova tecnologia da Intel abandona a arquitectura plana, que tem sido usada pela indústria desde a invenção do transístor. De acordo com a empresa, a nova tecnologia deverá permitir, em alguns casos, chips 37 por cento mais rápidos do que os actuais e com apenas metade do consumo energético.
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A nova tecnologia da Intel abandona a arquitectura plana, que tem sido usada pela indústria desde a invenção do transístor. De acordo com a empresa, a nova tecnologia deverá permitir, em alguns casos, chips 37 por cento mais rápidos do que os actuais e com apenas metade do consumo energético.
A nova tecnologia da Intel surge numa altura em que há uma procura crescente por parte de fabricantes de smartphones e tablets de processadores pequenos, rápidos e que não consumam muita energia. Neste mercado, os chips ARM (desenvolvidos pela empresa britânica homónima) têm a maior fatia. A Intel espera com este avanço ganhar uma vantagem competitiva no desenvolvimento de processadores para dispositivos móveis.
A necessidade do novo desenho tridimensional decorre da diminuição do tamanho – a Intel espera começar no final do ano a fabricar componentes de 22 nanómetros. Actualmente, os chips usam uma arquitectura de 32 nanómetros (um cabelo humano tem cerca de 60 mil nanómetros de diâmetro).
Com esta diminuição, a Intel cumpre a famosa Lei de Moore, estabelecida pelo co-fundador da empresa, Gordon Moore, ainda na década de 1960, e que estipula que o número de transístores que podem ser integrados, de forma barata, num chip duplica aproximadamente a cada dois anos.
Eventualmente, esta regra será quebrada por limitações físicas – mas a Intel espera continuar a segui-la ao longo dos próximos anos.
Tanto a tecnologia de 22 nanómetros, como o desenho de transístores tridimensionais já são bem conhecidos no sector – mas a Intel será a primeira a usar estas tecnologias para fabrico em larga escala.