NATO bombardeia quartel de Khadafi em Trípoli
Quando um grupo de jornalistas chegou ao local, numa visita organizada pelo regime, os bombeiros tentavam apagar o fogo de uma parte do complexo identificada como o "escritório" do Presidente líbio.A maior parte do edifício estava em ruina. Um elemento do gabinete de comunicação, pedindo anonimato aos jornalistas das televisões e agencias noticiosas, explicou que 45 pessoas ficaram feridas no ataque, 15 delas com gravidade.
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Quando um grupo de jornalistas chegou ao local, numa visita organizada pelo regime, os bombeiros tentavam apagar o fogo de uma parte do complexo identificada como o "escritório" do Presidente líbio.A maior parte do edifício estava em ruina. Um elemento do gabinete de comunicação, pedindo anonimato aos jornalistas das televisões e agencias noticiosas, explicou que 45 pessoas ficaram feridas no ataque, 15 delas com gravidade.
Não se sabe se o coronel estava no local.
30 mortos e 60 feridos em MisurataEste ataque surge na sequência do maior ataque das forças lealistas contra Misurata desde o início da guerra.
Hoje, segundo dia das operações, já morreram pelo menos 30 pessoas e 60 ficaram feridas. E o regime dá às forças da oposição dois dias para se renderem.
"Decorre um bombardeamento muito intenso e dirigido às zonas residenciais. Há muitos corpos queimados que estão a ser transportados para os hospitais", confirmou à estação Al Arabiya Ahmed um engenheiro da rádio da oposição em Misurata.
Esta cidade da metade oriental da Líbia é considerada crucial para o desfecho da guerra entre as forças armadas e a oposição que exige o fim do regime do coronel. Situada a 200 km de Trípoli, a sua tomada significaria o fraccionamento do país, uma vez que está a meio caminho entre a capital e a cidade onde a oposição tem instalado o seu governo, Bengasi.
Misurata é uma cidade próxima de Sirte, um poderoso centro militar que se tem mantido neutral neste conflito.
Foi em Sirte que eclodiu a revolução que depôs o rei Idris em 1969, e a cidade chegou a ser considerada uma possível capital para a Líbia.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros de Khadafi, Kaled Kaim, advertiu no domingo à noite a oposição, e concretamente os que combatem em Misurata, que devem render-se ou enfrentar as consequências - nesta cidade de 300 mil habitantes já morreram na guerra três mil pessoas.
Kaim anunciara no sábado que os líderes tribais tinham decidido "passar à acção" e combater ao lado dos lealistas. Mas, até agora, estes não responderam à ordem/apelo. E fontes da oposição contactadas pela Reuters disseram que não é nas tribos que o regime está a encontrar apoio, mas sim em mercenários oriundos de outros países.
Até agora, a acção dos aviões da NATO que há um mês bombardeiam os arsenais de Khadafi ainda não se fez sentir em Misurata. Em acção estão 200 aviões - dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Canadá, Bélgica, Noruega e Dinamarca -, que além de terem como missão destruir o arsenal bélico do regime -, garantem a interdição dos céus à força aérea líbia.
Porém, Khadafi e os seu generais estão a conseguir contornar essa desvantagem, adaptando os recursos de que dispõem ao campo de batalha.
Notícia actualizada às 13h00