Madeira duplicou o número de desempregados em dois anos

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Dados do IEFP relativos a Março estão em contraciclo com tendência nacional Paulo Pimenta

Em contraciclo com a tendência descendente nacional, os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional relativos a Março revelam um crescimento de 14,4 por cento em relação ao mês homólogo do ano passado. Face a Fevereiro deste ano, em que a Madeira tinha sido a região do País onde o desemprego registado mais subira, reflecte um crescimento de mais dois por cento.

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Em contraciclo com a tendência descendente nacional, os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional relativos a Março revelam um crescimento de 14,4 por cento em relação ao mês homólogo do ano passado. Face a Fevereiro deste ano, em que a Madeira tinha sido a região do País onde o desemprego registado mais subira, reflecte um crescimento de mais dois por cento.

Os 17.541 desempregados representam 14,3 por cento da população activa da região (estimada em 122 mil, num total de 247 mil habitantes). Esta percentagem é quase o dobro dos 7,5 por cento referidos pelas autoridades regionais como taxa de desemprego na Madeira no final de 2010, discrepância que tem gerado muita polémica entre o governo regional, sindicatos e partidos políticos.

A taxa oficial, abaixo dos 10,8 por cento registados a nível nacional no último trimestre do ano passado, colocava a Madeira com uma das regiões com mais baixa taxa de desemprego do país, logo depois dos Açores, com sete por cento.

No final de 2010, havia 15.479 madeirenses desempregados, tendo aumentado em mais dois mil em apenas três meses. Com 5.763 desempregados no final de 2003, a região registou o maior aumento entre 2008 e 2009, quando subiu de 8.530 para um total de 12.923.