Teixeira dos Santos rejeita negociar directamente programa de ajuda com oposição

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Teixeira dos Santos volta a reunir com os outros ministros das Finanças a 16 de Maio Bernadett Szabo/Reuters

Negociar com a oposição o programa de assistência financeira da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) “não é uma responsabilidade do Governo”, defendeu Teixeira dos Santos, à margem da reunião dos ministros das Finanças da zona euro e da UE, em Gödöllö, Budapeste, na Hungria.

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Negociar com a oposição o programa de assistência financeira da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) “não é uma responsabilidade do Governo”, defendeu Teixeira dos Santos, à margem da reunião dos ministros das Finanças da zona euro e da UE, em Gödöllö, Budapeste, na Hungria.

Segundo o ministro das Finanças, cabe à Comissão Europeia, ao Banco Central Europeu e ao FMI – o trio que vem a Lisboa negociar os temos do programa de ajustamento financeiro para Portugal receber a ajuda externa – “negociar com os partidos políticos”.

Da parte das instâncias europeias, contudo, espera-se que seja o executivo português a liderar as negociações com a oposição, para ser convencionado em Lisboa o programa de assistência.

O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, disse isso mesmo esta manhã aos jornalistas em Budapeste. E pediu aos partidos portugueses que compreendam as suas responsabilidades, face à necessidade premente de Portugal equilibrar o défice das contas públicas, segundo cita a agência financeira Bloomberg.

Segundo disse, o pacote de ajuda deverá rondar os 80 mil milhões de euros e poderá já ser aprovado pelos responsáveis pelas pastas das Finanças na próxima reunião de 16 de Maio.

De acordo com a declaração do eurogrupo e do Ecofin, os ministros escrevem ter tomado nota do pedido de ajuda e “convidam a Comissão, o BCE e o FMI a montar um programa e [a] tomar as medidas apropriadas para salvaguardar a estabilidade financeira” do país.

Notícia actualizada às 18h50