Villas-Boas: “Temos de esquecer o que se passou”
“Houve tempo de recuperação e o mais importante será gerir o que foi o ambiente de festa para um novo ambiente extremamente competitivo. Temos de esquecer o que se passou”, disse André Villas-Boas.
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“Houve tempo de recuperação e o mais importante será gerir o que foi o ambiente de festa para um novo ambiente extremamente competitivo. Temos de esquecer o que se passou”, disse André Villas-Boas.
O treinador, que falava na conferência de imprensa de antevisão do jogo com os russos, da primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa, prevê um “jogo aliciante” e “extremamente complicado de resolver”. “O Spartak tem uma equipa muito forte e um estilo parecido com o nosso, em que privilegia o toque e a posse. Há uma série de factores de alerta, que são sinais suficientes para termos que responder da melhor maneira”, disse.
André Villas-Boas recorda que Liga e Liga Europa são competições completamente diferentes, mas em que o compromisso de exigência é o mesmo, tal como o desejo em atingir os objectivos previamente traçados. E o próximo compromisso é com o Spartak de Moscovo, para a Liga Europa, pelo que Villas-Boas pretende que os seus jogadores se concentrem ao máximo no jogo, rendam o máximo e esqueçam o clima festivo.
O treinador optou por não comparar o Spartak de Moscovo ao CSKA, afastado pelos “dragões” na ronda anterior, considerando que "são duas equipas muito fortes. No campo teórico, o Spartak está melhor preparado”. “O Spartak de Moscovo vem da Liga dos Campeões, com resultados estrondosos, nomeadamente com os holandeses do Ajax e os franceses do Marselha, e tem um plantel com muito talento individual”, defendeu.
André Villas-Boas recordou que, apesar de mal posicionado no campeonato russo (13.º), o Spartak mantém-se no topo nas competições europeias. “O factor motivacional para um jogo destes é muito e sempre imprevisível”.
O treinador desvalorizou o facto de o primeiro jogo ser em casa e disse acreditar que “a equipa é tão competitiva fora como em casa”, recordou ainda a vantagem de o FC Porto já ter jogado no sintético de Moscovo. “Jogar no sintético, onde o FC Porto venceu o CSKA, não será novidade e o impacto causado já não provocará surpresa”, disse André Villas-Boas, considerando que os jogadores já sabem com o que contam.
O treinador declinou qualquer aumento de responsabilidade para o jogo com o Spartak pelo facto de o FC Porto já ser virtual campeão nacional e manifestou vontade de repetir o êxito de 2002-03, que culminou com a conquista do troféu.
Quanto ao alegado peso da responsabilidade de ser apontado como o principal candidato ao triunfo na Liga Europa, André Villas-Boas considera que tal é absolutamente indiferente, se não se conquistar a competição. “Já caíram grandes equipas nesta competição e de favoritos passaram a eliminados”, disse André Villas-Boas. “Não serve de nada fazer previsões, pois o mais importante é estar na final e conquistá-la”.