Cabe ao Governo negociar o empréstimo já, diz Ricardo Salgado
Se não o fizer a solvência da República correrá risco. Para Salgado, cabe a José Sócrates tomar essa decisão, embora considere que será sempre preferível se o primeiro-ministro demissionário tiver o acordo dos partidos da oposição.
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Se não o fizer a solvência da República correrá risco. Para Salgado, cabe a José Sócrates tomar essa decisão, embora considere que será sempre preferível se o primeiro-ministro demissionário tiver o acordo dos partidos da oposição.
As declarações do presidente do BES surgem em linha com o que foi ontem dito por Carlos Santos Ferreira, CEO do BCP, também numa entrevista a Judite de Sousa, onde defendeu que o Governo deve negociar “com urgência” um financiamento intercalar de mais de dez mil milhões de euros. Tal como Salgado, também Santos Ferreira considerou que o próximo executivo deverá no final de Julho/Agosto pedir o apoio do Fundo de Estabilização Europeu/FMI.
Salgado disse ainda que, face à queda abrupta do rating da República, o que se reflectiu na deterioração das avaliações que as agências de rating fazem dos bancos, o sector ficou impedido de continuar a financiar o Estado quer directamente, emprestando ao sector público, quer comprando títulos de dívida pública.
Para além de Carlos Santos Ferreira e de Salgado, a nova directora-adjunta de informação da TVI vai ainda ouvir Fernando Ulrich, do BPI, e Nuno Amado, do Santander Totta. As entrevistas foram realizadas, segundo informa a TVI, nos gabinetes dos presidentes dos quatro bancos.